Em meio à uma profunda alteração administrativa no futebol, o Coritiba deu início à sua intertemporada. Um mês para que a nova gestão dê o retorno pretendido pelo presidente Vilson Ribeiro de Andrade e, sem sustos, o Verdão consiga cumprir a sua missão no Campeonato Brasileiro. Uma reorganização em meio ao seu pior desempenho na era dos pontos corridos. A trajetória coxa-branca, até aqui, é preocupante. Com apenas sete pontos ganhos, o Coritiba terá que buscar uma guinada significativa para não conviver, pelo terceiro ano seguido, com o fantasma do rebaixamento.
O técnico Celso Roth, que também não repete seu histórico recente (de conseguir boas arrancadas nos clubes que assume), joga todas as fichas em uma longa intertemporada, iniciada na segunda-feira no CT da Graciosa. A promessa de Roth – e do gestor Anderson Barros – é de uma mudança significativa no Verdão, que retorna aos gramados no dia 16 de julho. Em números, o Coritiba terá que buscar um rendimento de aproximadamente 45%, que contrasta – e muito – com os atuais 26%. Com apenas uma vitória até aqui, o time de Roth teria que disparar uma sequência expressiva de bons resultados.
Numa avaliação simplista, para chegar aos 46 pontos (“número mágico” para escapar da degola), o Verdão teria que vencer treze dos 29 jogos que ainda tem pela frente. Na matemática do Coritiba, é fundamental não vacilar no Couto Pereira. Jogando na sua casa, o Coxa somou apenas dois pontos em nove disputados, rendimento inferior ao geral obtido pelo clube. Diante de sua torcida, ficou no empate com Santos e Internacional e foi derrotado pelo Sport. O único triunfo foi obtido na Vila Capanema (3×0, sobre o Goiás), pois o Alto da Glória já estava cedido à Fifa, como um dos campos de treinamentos para as seleções.
Apesar da vitória, o time de Roth completou seis rodadas seguidas na ZR. “Temos que mudar a cara deste time”, avisou o treinador.