Pré-candidato à presidência do Coritiba, o empresário Renato Follador Júnior vê com urgência a necessidade de uma mudança de rumos do clube.
“Não vamos deixar de concorrer, até porque a gente acha que o Coritiba não resiste a mais três anos com uma administração como essa”, criticou o empresário e engenheiro, especialista renomado na área de previdência.
Por enquanto, a eleição programada para dezembro segue mantida – apesar da pandemia do novo coronavírus. O rito começa em setembro, com a formação da comissão eleitoral.
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Filho de Renatinho Follador, ídolo coxa-branca que atuou nas décadas de 40 e 50, o empresário anunciou a candidatura há mais de um ano. Primeiro, em fevereiro de 2019, disse que só disputaria caso o presidente Samir Namur não terminasse seu mandato com o Coxa na elite do futebol nacional. No entanto, meses depois, mudou de ideia e confirmou que lideraria a chapa “Coritiba Ideal”.
Sobre a gestão atual, afirmou que não concorda com “absolutamente nada” que está sendo feito. Se vencer o pleito, promete uma mudança total, literalmente.
“Uma reformulação muito grande, não só da parte administrativa, mas de plantel. A ideia é terra arrasada. Vamos mandar todo mundo embora. Podemos até trazer novamente quem tem competência. Mas vamos começar do zero”, avisou, enfatizando que a filosofia do clube será voltada para a formação de jogadores na base e contratação de “nomes consagrados”, capazes de atrair mídia, patrocinadores e sócios.
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“Existe uma firme intenção de profissionalizar o Coritiba”, disse. “As últimas gestões foram desastrosas do ponto de vista técnico e do ponto de vista financeiro um horror. A ideia desse nosso grupo é montar, mesmo que não seja a personificação jurídica de clube-empresa, mas tocar o Coritiba como se fosse empresa”, emendou.
Follador, no entanto, esteve dentro do clube durante parte de uma das gestões citadas, a do presidente Rogério Bacellar (2015-2017). Ele garante, contudo, que criticou a maneira com que o futebol era gerido na época.
“Eu fiquei um ano como diretor invisível, que fui só para recuperar a parte financeira naquela chapa Coxa Maior, quando foi assinado o contrato com o canal Esporte Interativo. E eu criticava muito aquele cidadão que trouxeram do Cruzeiro, o diretor de futebol (Valdir Barbosa), porque ele, toda semana, me apresentava cinco a oito nomes de jogadores de até R$ 50 mil. Eu disse: ‘Olha, você não entendeu. Me traga três jogadores de R$ 150 mil. Não fique me enchendo o plantel com jogadores que, além de não ter qualificação para jogar no clube, vai me virar um problema trabalhista depois'”, relembrou.
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Ex-jogador do time na década de 70, Follador conta que seu grupo, formado na maioria por jovens empresários, cujos pais tiveram participação na história do clube, também tem apoio de coxas bem-sucedidos de outras gerações, como Marcelo Almeida (herdeiro da construtora CR Almeida) e Geninho Thomé (fundador da Neodent). E que alguns estão dispostos a investir em futebol.
“Se a gente precisar tirar um tostão do bolso para salvar o Coritiba, somos incompetentes. Mas existem, sim, possibilidades honestas e republicanas de empresários que queiram investir no Coritiba”, destacou.
Sobre futebol, além de citar que pretende trazer um nome “de primeiríssima linha”, o pré-candidato revelou que monitora atletas jovens com uma ponte na Itália. E que existem conversas com um clube inglês.
“Não são definitivas, mas adiantadas em termos de formação de parceria e formação de jogadores para que possamos depois vendê-los para o mercado da Inglaterra”, destacou.
Para o Couto Pereira, o plano não é de ruptura. “Já temos um projeto de modernização do Couto. Não é um projeto megalomaníaco como aqueles que vinham mostrando antigamente”, garantiu Follador.
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