A novela envolvendo a renovação do contrato do atacante Mosquito com o Coritiba ganhou mais um capítulo. O jogador, revelado e destaque das categorias de base do Coxa, teve mais um pedido negado para rescindir seu contrato com o clube, que vai até setembro deste ano. A decisão foi do Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região, que negou a liberação contratual pedida pelos advogados do atleta. Uma audiência está marcada para o dia 5 de abril.

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“A partir do próprio relato do impetrante, noto que não há ameaça de coação de forma concreta à liberdade de trabalho do paciente. A alegação, em tese, de que o paciente está impossibilitado de se desligar do Coritiba Foot Ball Club não autoriza o manejo deste remédio constitucional extremo. Não há notícia de que o paciente teve tolhida a sua liberdade de trabalho para se transferir para determinado clube”, definiu a ministra-relatora do Trabalho, Maria Helena Malmann, na sua decisão.

Neste ano, quando o Coritiba decidiu dar mais oportunidades para os jogadores mais jovens do seu elenco, sobretudo para aqueles que estavam subindo das categorias de base, Mosquito está perdendo a chance de despontar no cenário do futebol brasileiro. No início da temporada, o centroavante foi escolhido para ser titular pelo técnico Sandro Forner, mas acabou sacado diante desse impasse contratual.

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A diferença entre a diretoria do Coritiba e os empresários do jogador está na multa rescisória. Atualmente, a multa é de R$ 16 milhões. Para renovar o contrato do atacante por três anos, a diretoria alviverde pediu que o valor subisse para R$ 20 milhões, enquanto os representantes do atleta querem estipular o valor de R$ 3 milhões para uma possível saída do jogador.

Samir Namur diz que o Coxa segue de portas abertas para Mosquito. Foto: Daniel Caron

“Não existe novidade nenhuma, essa situação já está consolidada faz tempo. O Coritiba fez uma proposta bem importante de renovação contratual a ele, que o valorizaria muito, e o atleta não aceitou por conta da multa rescisória. O Coritiba queria uma multa de R$ 20 milhões, o atleta queria uma multa de R$ 3 milhões. Hoje, o contrato dele tem uma multa de R$ 16 milhões, então o Coritiba não estava pedindo nada demais. Nesse meio tempo ele entrou com três ações na Justiça contra o Coritiba”, afirmou o presidente Samir Namur, em entrevista concedida na última quarta-feira.

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Enquanto o impasse segue nos bastidores, Mosquito segue apenas treinando no Coritiba. O clube negou a informação especulada de que o atleta estaria treinando em separado. Com contrato até setembro deste ano, o jogador segue sem atuar, mas pode assinar um pré-contrato com outro clube no final deste mês. Se não chegar um acordo com o Coxa, o centroavante só poderá atuar a partir do término do seu contrato com o Verdão.