Coritiba foi guerreiro durante os 90 minutos contra o Vasco

O Coritiba foi bravo, lutou durante os 90 minutos, mostrou um futebol muito superior, conseguiu a vitória por 3 ax2 sobre o Vasco da Gama, mas não foi suficiente.

O time carioca conseguiu marcar duas vezes fora de casa, foi favorecido pelo regulamento da Copa do Brasil e estragou a festa da torcida alviverde, que lotou o Couto Pereira ontem à noite.

Com o vice-campeonato na competição nacional, o Alviverde perde a chance de se garantir na Libertadores do ano que vem e agora se volta somente para o Campeonato Brasileiro, porque no domingo, no Rio, já enfrenta o Botafogo.

Cercado de mistério, o Coritiba entrou em campo com uma mudança surpreendente: o volante Marcos Paulo no lugar do armador-atacante Anderson Aquino. Marcos Aurélio e Leonardo ficaram no banco e Everton Ribeiro nem isso.

O técnico Marcelo Oliveira parecia querer mais segurar o Vasco da Gama do que forçar para tentar os gols necessários para levantar o troféu. A tática poderia até ter dado certo se Fernando Prass não tivesse espalmado falta de Jonas. O castigo veio na sequência. Eder Luís escapou pela direita e cruzou na medida para Alecsandro só completar para o gol,aos 11 do 1.º tempo.

Percebido o erro, o treinador alviverde mexeu na equipe e apostou na lógica: entrou Leonardo, que foi muito bem no domingo contra os reservas do time carioca. Num passe de mágica, o empate veio. Léo Gago levantou uma bola da esquerda, Jonas cabeceou cruzado e Bill só completou, aos 29.

O Couto balançou de alegria, mas era pouco. A torcida empurrou o time e ainda no primeiro tempo o Coxa pressionou o Vasco, Rafinha forçou Prass a rebater e Davi não perdoou e fuzilou para a rede, aos 44, sacramentando a virada.

Dos 90 minutos, restavam 45 para o Coritiba não tomar mais nenhum e fazer um para ser campeão. Mas o nervosismo foi prevalecendo, o time carioca usou da malandragem para ir segurando o jogo e o que não poderia acontecer novamente aconteceu.

Numa bola marota, Eder Luís arriscou do meio da rua e o efeito da bola enganou Edson Bastos. A torcida sentiu o baque e silenciou. O Alviverde precisava encontrar forças para superar o adversário e a arbitragem pró-Vasco, e ela veio de forma sensacional.

Willian aparou uma bola no meio da rua e encheu o pé. A bola entrou no ângulo, aos 21, e manteve a vida do Coxa. Mas o tempo era curto e ainda faltava outro gol para o Alto da Glória explodir de vez em festa.

O Vasco catimbou o quanto deu, valorizou cada lance e foi cozinhando o jogo. O Coritiba ainda reclamou de pênalti em Leonardo, mas o atacante se projetou e dessa vez a arbitragem acertou. No final dramático, era só pressão alviverde, mas faltou força para chegar ao gol do título, que ficou com os vascaínos.

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