Enquanto muitos clubes não conseguem definir um goleiro titular e correm atrás de alguém que transmita segurança, o Coritiba se dá ao luxo de ter dois camisas 1 em ótima forma e à disposição para qualquer momento.
Isso porque enquanto Edson Bastos, que já virou ídolo da galera alviverde, se recupera de lesão, Vanderlei soma cinco jogos seguidos no Brasileirão e tem mostrado que também pode ser o primeiro arqueiro do time. E o segredo desse sucesso é creditado ao preparador Marcelo Giacomelli, que tem “ensinado” os macetes da posição aos dois jogadores.
“O Marcelo é uma pessoa que tem um caráter impressionante. Está sempre nos corrigindo em alguns aspectos que acontecem durante a partida e é um dos poucos preparadores com quem trabalhei que tem uma qualidade . Além da bagagem adquirida ao longo da carreira, Giacomelli também aprimora a parte teórica fazendo Educação Física na PUC.
“Estou arrependido de não ter feito antes, mas a gente vê que precisa trazer coisas novas para o dia-a-dia e é um esforço que a gen de fora num bom nível e quando a gente entra consegue fazer um grande trabalho”, destaca.
Nada mal, hein Giacomelli? “Isso premia a dedicação e o esforço do nosso trabalho e faz com que eles façam boas apresentações e dê confiança ao torcedor, à comissão técnica e toda equipe”, vibra o preparador do Coritiba. Para ele, o segredo é muito trabalho e dedicação.
“Dedicação de fazer as coisas com amor, confiar no que faz e, lógico, o bom ambiente de trabalho faz com que a coisa corra naturalmente”, aponta Giacomelli. No Coritiba, ele chegou com Gilberto Pereira. “Trabalhamos juntos na Adap, fomos vice-campeões, e ele veio e me deu essa oportunidade”, relembra.
Isso antes de ralar pelo interiorzão de São Paulo e Paraná. “Eu parei em 1997 e em 2000 fui trabalhar como preparador de goleiros na Santacruzense/SP e daí comecei a rodar por XV de Piracicaba, Jaboticabal, Lençoense, Araçatuba até vir para o Paraná, fiquei três anos na Adap e vim para o Coritiba”, enumera. E o aprendizado durante esse tempo?
“A gente pega um pouquinho de cada um, de cada treinador, vai montando um trabalho, aquilo que a gente aprendeu debaixo dos três paus e a gente vai passando para eles (os goleiros). Um trabalho de confiança para que eles possam render nos jogos”, revela.
E não é só isso. Além da bagagem adquirida ao longo da carreira, Giacomelli também aprimora a parte teórica fazendo Educação Física na PUC. “Estou arrependido de não ter feito antes, mas a gente vê que precisa trazer coisas novas para o dia-a-dia e é um esforço que a gente tem que fazer porque sem sacrifício não chega a lugar nenhum”, finaliza o profissional de 36 anos.
