O destino do atacante Ariel começa a ser resolvido hoje na Justiça do Trabalho, quando a juíza Mariana Philippi de Negreiros recebe o jogador e representantes do Coritiba para tentar uma conciliação.
O Alviverde ainda acena com um aumento salarial a mais do que está estipulado no contrato que tenta fazer valer, enquanto o argentino demonstra não saber o que quer.
Por isso, o gol marcado contra o Santo André poderá ter sido o último dele com a camisa alviverde, enquanto a torcida e a diretoria do clube mantém a esperança de que um acordo possa sair hoje e o imbróglio jurídico acabe e ele permaneça.
“Se ele quiser, amanhã (hoje) encerra. Sempre estivemos dispostos a um acordo e desde janeiro fizemos propostas, mas não tivemos resposta”, aponta Gustavo Nadalin, diretor jurídico do Coxa.
De acordo com o dirigente, o clube até ofereceu um salário maior do que está no contrato contestado para Ariel permanecer no Alto da Glória. “O Coritiba se dispõe a valorizar o atleta”, avisa.
No entanto, ele adverte os torcedores que o atacante pode ir embora. “Não tem juiz, não tem Justiça do Trabalho, não tem cláusula contratual que obrigue o atleta a ficar no clube, mas ele, depois, tem que arcar com as consequências”, avisa.
Por isso, Nadalin diz que a audiência na 11.ª Vara será a oportunidade de, enfim, o jogador dizer o que quer fazer. Até aqui, o jogador preferiu se manifestar sobre o assunto.
O advogado do jogador, Henrique Caron, só deverá falar após a audiência. Um eventual acordo entre jogador e o clube poderá sair, porém clubes da Série A, como Palmeiras, Fluminense e Atlético-GO, já demonstraram o interesse em contar com o jogador ainda este ano.
Ao ser contratado, Ariel assinou por cinco anos, mas por ser estrangeiro e só poder tirar visto de dois anos assinou um outro documento válido por dois anos, que acaba no final do mês e está registrado na CBF.
O outro é contestado pela defesa do atleta por ter data anterior, mas o clube tenta fazer valer esse contrato, que está registrado em cartório. Nesse meio tempo, o jogador trocou de procurador e estreitou o relacionamento com o ex-jogador Eduardo Dreyer, que foi acusado pelo clube de aliciar o jogador, mas se diz apenas um tutor do atleta e que não se mete na confusão jurídica.
