O Coritiba deixou passar mais uma chance de embarcar no “bonde da Série A”. Com 18 rodadas disputadas no Campeonato Brasileiro da Série B, a irregularidade marca a campanha alviverde – característica reforçada no empate de sábado (28) em 0x0 com a Ponte Preta. Como já se viu em outros jogos, não é falta de querer, falta de vontade. E sim falta qualidade para dar o salto que se esperava do Coxa, de um por enquanto apenas postulante ao acesso para um favorito para voltar à primeira divisão.
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Numa Segundona muito equilibrada, em que só o Fortaleza vem sobrando na turma, o Coritiba não conseguiu deixar de ser “mais um”. Na quinta colocação, com a mesma pontuação de Figueirense e Avaí, que estão no G4, convivem no mesmo time a melhor campanha dentro de casa e um rendimento abaixo da crítica longe do Couto Pereira. Mas foi justamente com dois empates em casa – as últimas partidas, diante de Ponte e São Bento – que o Coxa perdeu chances reais de se estabilizar na competição.
Caso vencesse os jogos que empatou, o Alviverde estaria com 32 pontos, na vice-liderança da Série B e com quatro pontos de vantagem para o quinto colocado. Uma posição muito mais cômoda do que a atual, fora do G4 e ameaçado por cinco times que estão com três pontos ou menos de distância. “É importante vencer em casa, a nossa torcida espera que isso aconteça, apoia os 90 minutos, mas tem vezes em que não vamos conseguir”, resumiu o técnico Eduardo Baptista.
No sábado, o “não conseguir” diz muito do que aconteceu. A Ponte Preta sempre esteve mais perto do gol. No primeiro tempo, Wilson fez três intervenções decisivas – mais uma vez o camisa 84 foi o melhor jogador em campo. As falhas técnicas do Coritiba assustavam. Eram erros de passe, falhas bisonhas, chutes no vazio e jogadas que levaram a torcida ao desespero. Por duas vezes foram jogadores alviverdes que deixaram adversários na cara do gol.
Na etapa final, o Coxa até teve mais chances, principalmente no arremate de média distância de Yan Sasse e na belo jogada de Nathan, que driblou Renan Fonseca e quase fez um golaço. Mas foi pouco para conseguir a vitória. O meio-campo não funcionou, Jonatas Belusso começa a ser mais uma vítima da falta de jogadas para o centroavante e Alisson Farias e Guilherme Parede, os dois principais jogadores de linha, não jogaram bem.
Da forma que o jogo andou, faz sentido até a crua observação do volante Uillian Correia. “Quando não dá para vencer, não podemos perder”, disse, na saída do gramado do Alto da Glória. “O objetivo era vencer. Viemos de uma atuação muito boa contra o Goiás e esperávamos uma partida bem melhor”, completou Eduardo Baptista.
Confira a tabela e a classificação da Série B!
Para fechar o primeiro turno, o Coritiba terá que encarar justamente o melhor time da Série B, o Fortaleza. Será no sábado, no Castelão, na capital do Ceará, uma partida que deverá ter o maior público da competição até agora. Será mais uma chance, apesar das dificuldades, de “subir no bonde”. Para isso, é preciso enfim acabar com a irregularidade. “Estamos oscilando demais. E enquanto isso acontecer, não vamos entrar no G4”, afirmou o zagueiro Rafael Lima.