Novamente o Coritiba desafia o tabu de não vencer fora de casa, neste Campeonato Brasileiro, e tenta ganhar da Portuguesa, às 19h30, no Canindé. Os três pontos são fundamentais para o Coxa se afastar definitivamente da zona de rebaixamento. O problema é que desde 1976 o Alviverde não bate a Lusa na capital paulista. Naquele ano, superou o adversário por 2 x 0, com gols de Eli Carlos, jogando no Pacaembu. No Canindé, o retrospecto é o seguinte: em dez jogos, foram oito derrotas e dois empates.
O técnico Péricles Chamusca sabe das dificuldades e classifica o compromisso como o compromisso mais importante do Coritiba neste Brasileiro. ‘Para nós é o jogo da nossa vida. Precisamos da vitória. É um adversário concorrente direto. Então, independentemente do nosso histórico, é o jogo da vida do Coritiba. Nesse espírito de decisão, vamos buscar a pontuação que nos dará a tranquilidade para a sequência’, garante.
Como enfrentar as ausências do suspenso Gil, do lesionado Geraldo e do meio-campo Robinho – desgastado fisicamente -, para surpreender os donos da casa Péricles Chamusca cogita alterar a estratégia de jogo do Coritiba. O treinador é profundo conhecedor do elenco adversário, já que treinou a Portuguesa até abril deste ano.
Hoje à frente do Alviverde, Chamusca ressalta a importância de neutralizar as ações que a Lusa oferece pela direita, principalmente com Luis Ricardo. ‘Estamos buscando as soluções para as ausências do Robinho e do Geraldo. Treinamos algumas alternativas e estou também agregando as informações da Portuguesa para definir essa situação. O lado direito, com o Luís Ricardo, é o mais forte do time deles. É um jogador que sai da linha de quatro e se apresenta como atacante. Então vamos tentar um formato que a gente consiga tanto usar a velocidade quanto aquele lado de saída da Portuguesa’, planeja.
Se colocado em prática, segundo o plano de Chamusca o lateral-esquerdo Carlinhos será deslocado para atuar no meio-campo ao lado de Lincoln. Com isso, Diogo ocupará a esquerda, com Alex como um falso atacante.
Portuguesa
Apesar de focado na luta contra o rebaixamento, o elenco do Coritiba acompanha a campanha do rival Atlético e sente a cobrança. Constantemente, os jogadores são questionados pela torcida sobre o desempenho do rival, que este ano é vice-líder do Brasileiro e está na final da Copa do Brasil. É o que revela o volante Willian. ‘Você vai numa panificadora e é cobrado não pelo que está fazendo dentro de campo, mas pelo que o rival faz’, admite. Torcedor declarado do Coxa, Willian é categórico: ‘O rival está lá em cima, mas só resta torcer contra’, completa.