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Não é de hoje, é de um tempo. Qualquer time do Coritiba nos últimos três ou quatro anos sofre um apagão quando toma um gol. Uns reagiam mais rápido, outros nem tanto. E demorou um tempão para o Coxa assimilar o contra-ataque bem encaixado que originou a vitória do J. Malucelli no último domingo (13) no Ecoestádio. A dificuldade em reagir depois de sair atrás foi fatal para o Alviverde, que antes tinha colocado três bolas na trave e era amplamente superior. O resultado de 1×0 ontem no Ecoestádio deu a liderança do Campeonato Paranense para o Jotinha e deixou o Coxa em uma situação complicada.

Em quarto lugar com 14 pontos, o Cori terá que vencer o Atlético (na Arena) e o Maringá (no Couto Pereira) para ainda sonhar em sair dessa posição. Se tropeçar, fica ameaçado por Londrina, Rio Branco e Foz do Iguaçu, os três times com 11 pontos. “Temos que aprender com nossos erros, principalmente na próxima fase”, resumiu o técnico Gilson Kleina.

Erros que vieram primeiro nas finalizações. Por 35 minutos no primeiro tempo o Coritiba foi soberano. Jogou o Jotinha no seu campo, se movimentava bastante e criava oportunidades. Logo no início da partida, Ortega acertou a trave. Depois, ele mesmo obrigou Fabrício a salvar os donos da casa. Era um domínio pleno – completado pela opção do técnico Ary Marques em jogar no contra-ataque. Negueba, num chute de longe, e Alan Santos após um escanteio também pararam na trave. Parecia que o gol alviverde sairia a qualquer momento. “Poderíamos ter feito vários gols”, lamentou Juan.

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Mas não saiu. Após uma roubada de bola de Luiz Camargo (o Coxa reclamou de falta em Dudu), Dinelson lançou Getterson, que venceu Juninho na velocidade e tocou na saída de Wilson. Aí o jogo se transformou. De time dominante, o Coxa se perdeu. Passou a errar passes, enquanto a torcida reclamava de cada lance que ficava nos pés do Caçula.

E o primeiro tempo terminou assim, e o segundo tempo começou assim. Dudu e Negueba caíram muito de produção, mas Gilson Kleina tirou Cesar Benítez, puxou Juan para a lateral-esquerda e colocou Vinícius. A melhora foi percebida, mas as falhas ainda superavam os acertos. Aí Jorge Ortega tentou cavar uma falta, mas acabou derrubado por Leandro Silva. O árbitro acabou vendo só o paraguaio se jogando e não só não marcou a infração como deu amarelo por simulação – o segundo do atacante, que foi expulso, complicando a vida alviverde até o Atletiba, pois ele terá que cumprir suspensão.

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Quando Leandro entrou no lugar de João Paulo, o Coritiba partiu para a pressão, mas insuficiente para chegar ao empate. A torcida só vibrou com um toque de letra de Wilson, um dos poucos poupados pelas vaias. O que mostra que a recuperação da semana passada virou pressão de novo.