Coritiba contratou 23 jogadores em 2019. Quem deu certo e quem deu errado?

Rodrigo Pastana buscou 23 reforços pro Coritiba no ano, entre eles Serginho. Mais da metade, em algum momento, se mostrou importante em campo. Foto: Albari Rosa

O Coritiba coroou o ano de 2019 com o tão esperado acesso à Série A do Campeonato Brasileiro. Para apagar 2018, quando o passou longe do G4, o Coxa mudou a diretoria de futebol e ainda em novembro do ano passado contratou Rodrigo Pastana, que havia subido com o Paraná Clube em 2017 e chegou com a função de montar o elenco para a atual temporada.

No total, o dirigente contratou 23 jogadores ao longo dos meses. Alguns vieram ainda durante o Campeonato Paranaense, enquanto os demais foram chegando já com a Série B em andamento. Porém, muitos deles se firmaram na equipe e foram fundamentais para a volta à elite.

Acertos

No total, 11 atletas se destacaram e pode-se dizer que foram acertos de Pastana. O goleiro Alex Muralha, o lateral-direito Diogo Mateus, os zagueiros Sabino e Nathan Ribeiro, o volante Serginho, os meias Giovanni, Juan Alano e Rafinha e o atacante Robson foram titulares na vitória do Alviverde por 2×1 sobre o Vitória, no último sábado (30), no duelo que garantiu o retorno para a primeira divisão. Todos eles, aliás, mais começaram jogando no ano do que vieram do banco.

Muitos, foram decisivos em vários jogos. Alex Muralha passou um período sem sofrer gols e bancou Wilson, Sabino foi líder e mostrou oportunismo na área dos adversários, Giovanni e Juan Alano passaram por altos e baixos, mas fizeram gols importantes, assim como Rafinha, que voltou com status de ídolo, e Robson, que mesmo não sendo centroavante foi o vice-artilheiro do time na segunda divisão.

Robson trabalhou com Pastana no Paraná, em 2017, e chegou ao Coxa no meio da Série B. Rapidamente se tornou peça-chave. Foto: Albari Rosa

Além deles, o volante Matheus Sales e o atacante Rodrigão também foram protagonistas. O primeiro, embora tenha sido sacado na última rodada, jogou 30 das 38 partidas. Já o segundo, apesar da briga com a comissão técnica e ter sido afastado do elenco faltando apenas dois jogos para o término da temporada, foi o grande artilheiro do Coritiba em 2019, com 21 gols em 42 partidas.

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O camisa 9, aliás, teve seu auge no primeiro semestre, quando marcou 15 gols em 17 jogos e era o principal atleta do grupo coxa-branca. Porém, a queda de rendimento e os problemas extra-campos o tirou desse protagonismo, mas não diminuiu sua relevância.

Meio-termo

Alguns jogadores tiveram seus pequenos momentos de destaque, mas não mantiveram a regularidade ao longo do ano. Casos do lateral-esquerdo Patrick Brey e do atacante Wanderley.

Com o técnico Umberto Louzer, Brey foi deslocado para a ponta no ataque e foi muito bem no Campeonato Paranaense. Só que não repetiu a dose na Série B, quando voltou para sua posição de origem, e perdeu a vaga para William Matheus. Nas últimas dez rodadas, atuou por apenas 28 minutos, ficando fora até do banco em algumas oportunidades.

Wanderley sofreu com lesões em 2019, pouco jogou e tinha tudo para dar errado. Mas se recuperou, foi decisivo pro acesso e mostrou que diretoria acertou em dar a ele uma chance. Foto: Albari Rosa

Já Wanderley foi bastante atrapalhado por lesões e atuou muito pouco em 2019. Foram apenas oito partidas, praticamente resumidas entre março e novembro, com alguns minutos em julho e setembro. Mesmo assim, marcou três gols, sendo dois deles justamente na vitória sobre o Vitória, no jogo do acesso, quando entrou no segundo tempo e mudou o panorama do jogo, provando que a insistência nele se fez valer.

Erros

Mas nem todas as contratações são acertadas dentro de uma temporada. Alguns jogadores que vieram, nem estão mais no Coxa, como o volante João Vitor, que vinha tendo boas atuações até aceitar uma proposta do CSA, o volante Elyeser, o meia Arancibia e o atacante Welinton Júnior, que pouco renderam e logo foram dispensados.

Arancibia atuou apenas alguns minutos pelo Coritiba e logo foi repassado para o São Bento. Foto: Albari Rosa

Os laterais-direitos Felipe Mattioni e Sávio, o lateral-esquerdo Fabiano e os atacantes Kelvin, Welissol e Lucas Tocantins, quando acionados, não corresponderam muito e foram perdendo espaço gradativamente. Mattioni até ganhou mais oportunidades na reta final, mas foi prejudicado por lesões, tanto que só jogou 14 vezes. Kelvin foi quem mais atuou recentemente, mas por ser um dos últimos reforços em 2019.

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