O Coritiba acertou a contratação de um novo diretor de marketing, função vaga desde outubro de 2017, com a saída do ex-jogador Belletti, na gestão de Rogério Bacellar. Rafael Saling, que esteve no Internacional por 11 anos, assumiu o cargo na semana passada.
Formado e especializado em economia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, o gaúcho era gerente de marketing do Colorado e saiu do clube em janeiro deste ano. O profissional ficou valorizado no Inter quando assumiu a área de licenciamento e marcas, que fez a receita desse segmento crescer 870% entre 2006 e 2010. O faturamento, na época, era de R$ 6 milhões com produtos licenciados.
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Nesse período, o Internacional conquistou por três anos consecutivos o prêmio Top de Marketing, da Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil (ADVB-RS), com a campanha no Centenário colorado (2009), projetos sociais (2010) e inovação dos seus produtos licenciados (2011).
Outro ponto valorizado no time gaúcho é em relação aos sócios. O Colorado lidera no Brasil o número de associados, com 202.886 ao todo, de acordo com o movimento ‘Por Um Futebol Melhor’, que contabiliza através do ‘Torcedômetro’. O São Paulo, segundo colocado, tem 155.634.
Saling, agora, chega com a missão árdua de buscar um patrocinador master para o Verdão. A eliminação precoce na primeira fase da Copa do Brasil para a URT não estava nos planos e o Coritiba recebeu apenas R$ 525 mil pela participação no torneio. A ideia era chegar, pelo menos, na terceira fase e receber mais R$ 1,45 milhão. Após o vexame, o marketing pode tentar suprir essa lacuna.
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“Ele começou a trabalhar na semana passada e uma das principais tarefas é justamente buscar novas receitas, incluindo um patrocinador máster. O orçamento aprovado no Conselho Deliberativo tinha como previsão de receita a passagem até a terceira fase com os valores referentes a R$ 2 milhões. Então, claro, você tem aí um prejuízo de R$ 1,5 milhão”, afirmou o presidente Samir Namur.
A Caixa Econômica Federal, patrocinadora do clube de 2013 a 2018, decidiu não patrocinar mais os clubes de futebol e alguns segmentos do esporte, após a entrada do presidente eleito, Jair Bolsonaro. O banco também não pagou a última parcela do patrocínio de R$ 900 mil de 2018 e não deu garantias de que irá fazê-la a curto ou médio prazo. No ano passado, o Coxa recebia o valor de R$ 3 milhões.
“Não existe negociação com a Caixa e ninguém negocia com eles. Eles não pagaram a última parcela, alguns podem ter recebido, mas o Coxa não. A gente busca outro patrocinador máster. Tive reuniões com vários potenciais patrocinadores”, completou o mandatário alviverde.
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