No ano em que terá o desafio de voltar à primeira divisão, a partir de abril, na disputa da Série B do Campeonato Brasileiro, o Coritiba tem preocupado o torcedor alviverde. Dentro de campo, apesar da reformulação no elenco, o time coxa-branca está longe de apresentar um futebol aceitável. O fraco nível do futebol do Verdão ficou comprovado no empate conquistado aos 52 minutos do segundo tempo diante do modesto Parnahyba, na quarta-feira, em Teresina, que garantiu o clube na segunda fase da Copa do Brasil. Reforços ainda não devem chegar e o presidente Samir Namur segue convicto nas promessas de usar jogadores da base feitas na campanha para a presidência do clube.
No entanto, depois de cinco jogos realizados, a proposta inicial para este começo de temporada não está dando certo. O técnico Sandro Forner, com poucas opções de qualidade para colocar em campo, ainda não conseguiu fazer o Coritiba jogar bem neste ano. Se não fosse o gol marcado pelo lateral-esquerdo William Matheus, aos 52 minutos do segundo tempo, o time alviverde teria sido eliminado da Copa do Brasil e escreveria um dos maiores vexames da sua história.
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O presidente Samir Namur sabe que o Coritiba está devendo neste começo de ano, mas justifica a falta de contratações em 2018 por conta da situação financeira do clube. No entanto, o mandatário do Verdão garantiu que reforços chegarão, mas a maioria deles apenas para a disputa da Série B do Campeonato Brasileiro, a partir de abril.
“É evidente que o torcedor está preocupado, mas minha palavra é para tranquilizar. Existe uma convicção, inclusive em termos de reforços. É evidente que o Coritiba vai contratar, sem descuidar de todo um planejamento financeiro que existe. Temos R$ 20 milhões de contas para pagar. O Coritiba não pode sair trazendo uma lista de jogadores”, contou.
Diante dessa realidade financeira delicada, o Coritiba decidiu dar oportunidade aos jogadores mais jovens neste começo de temporada. Na verdade, principalmente no Campeonato paranaenses esses atletas das categorias de base estão sendo testados e aqueles que se destacarem devem ser aproveitados na segunda divisão.
“Se nós tivéssemos a postura que o Coritiba teve nos anos anteriores, de fazer um alto número de contratação no início, os atletas da base não teriam atuado nesses cinco jogos. Eles estão dando conta do recado e inclusive alguns desses pode nos dar retorno financeiro no fim do ano”, confia o presidente coxa-branca.
O técnico Sandro Forner, que trabalhou com todos esses jogadores mais jovens nas categorias de base, admitiu as dificuldades de fazer o Coritiba jogar bem neste começo de ano. O treinador, no entanto, espera que mais reforços possam chegar para ajudar o time alviverde na missão de aumentar a produtividade nas atuações e também na busca de melhores resultados.
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“É um plano da diretoria ter esses jogadores. Isso foi falado muitas vezes não só por mim, mas pelo presidente e pela diretoria. Isso não é o problema maior. Logicamente que, para a Série B, vão vir reforços. A diretoria está se esforçando para trazê-los. No futuro breve, pode ter notícias em relação a isso. Minha preocupação é melhorar o time que está na minha mão”, avisou.
Por ora, diante do orçamento limitado, o presidente Samir Namur avisou que não quer estourar o orçamento neste primeiro trimestre de 2018. “A folha salarial para janeiro, fevereiro e março está prevista para R$ 1,3 milhão. Hoje, esse elenco que está aí, está nesse valor. Se colocarmos algo a mais que previsto, estará acima do que o orçamento prevê. Esse é o drama do fluxo de caixa do Coritiba. Não adianta o torcedor esperar 10 ou 12 atletas, pois hoje o clube não tem condição de atingir esse número de contratações”, concluir o presidente.