Focado na modernidade e separando o lado racional da paixão pelo futebol, o Coritiba colocou em prática uma nova forma de organização interna e pretende colher frutos da gestão empresarial no médio e longo prazo. Para tanto, a diretoria criou duas superintendências, uma executiva-administrativa e outra de futebol. Algumas pessoas foram contratadas para gerir as novas funções, mas a prata da casa também teve vez e foi realocada na nova estrutura. Tudo isso sob o comando do conselho administrativo (G9), que define as ações e faz as cobranças dos profissionais responsáveis.

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“A atual diretoria é formada por gente que tem uma experiência na gestão empresarial e todos nós entendíamos que para o clube funcionar de uma forma definitiva nós teríamos que colocar profissionais nas áreas específicas, então foram criadas duas superintendências”, justifica Vilson Ribeiro de Andrade, vice-presidente do Coritiba. E quem são esses superintendentes? “Foram escolhidos dois profissionais de mercado como o Ximenes no futebol e o José Rodolfo, que é um ex-executivo do HSBC e de outras grandes empresas, trazendo a experiência para organizar e profissionalizar todos os setores do clube”, aponta.

De acordo com ele, com o novo organograma, o clube ganha vida própria, independente da presença do G9 no Alto da Glória. “O grande objetivo é que o clube ande e trabalhe o dia-a-dia sem a presença do presidente, do vice-presidente e dos diretores do G9. Criamos dois comitês executivos onde o primeiro é o G9, que são os nove diretores, que trabalham na segunda-feira e temos reuniões. Após essas reuniões, temos o board executivo, onde são tomadas as decisões dos gerentes executivos, presidido sempre por um membro do G9, onde se decide as decisões da semana, as cobranças”, explica Andrade.

No momento, por exemplo, o dirigente revela que há 42 ações em andamento e todas são cobradas semanalmente. “Esse é o resultado da organização do clube. É um processo que exige um trabalho muito grande, mas aos poucos estamos adequando todas as áreas”, avisa.

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Segundo ele, chega de amadorismo. “Estamos separando a paixão e da racionalidade. O clube tem que trabalhar como uma empresa e não pode ser efusiva na vitória e nem parar tudo por causa de uma derrota”, finaliza Andrade. No momento, o Coxa trabalha com 202 atletas profissionais e amadores e tem 154 funcionários.