O 1 x 1 contra o Vitória levou o Coritiba a refletir sobre a invencibilidade no Campeonato Brasileiro. Apesar de se manter como a única equipe que ainda não sabe o que é perder, o Alviverde é, ao lado do Corinthians, o “rei do empate”. Contando com o tropeço em casa, foram cinco placares iguais em nove rodadas da competição.
A campanha é histórica. Nunca o clube, largou tão bem na competição. Está no G4 e a um ponto do líder Cruzeiro, mas a reflexão é de que a posição poderia ser melhor. Se tivesse conquistado mais uma vitória, ao invés de um dos cinco empates acumulados, o Coritiba hoje seria líder do Brasileiro. Por isso, o meio-campo Alex questiona essa invencibilidade regada a empates, a ponto de declarar que trocaria a série sem derrotas por mais vitórias. “É (importante a invencibilidade) mas não adianta. Temos muitos empates e a gente tem que tentar ganhar. Contra o Vitória, tivemos um volume grande de jogo, mas no último passe falhamos. Foi um resultado ruim, pois perder pontos em casa é sempre ruim”, analisou.
A manutenção da invencibilidade é vista, dentro do elenco, sob duas perspectivas. Os jogadores reconhecem a importância, na medida em que o Alviverde adquire respeito e torna-se o time a ser batido. Por outro lado, sabem que é uma condição secundária, onde vale muito mais à pena manter a regularidade, mesmo que com algumas derrotas pelo caminho.
Por isso, o meio-campo Robinho garante não priorizar a invencibilidade. “O foco não é ser invicto, mas ser campeão. Então, temos que trabalhar humildes, quietinhos no nosso canto, sempre buscando as vitórias”, diz, completando que muito da maturidade adquirida pelo Coritiba nessa temporada se deve a Alex e Deivid. “A chegada do Deivid e do Alex para o Coritiba foi muito importante. São jogadores que têm pensamentos em títulos, já foram campeões brasileiros e isso contagiou a equipe toda. O time está unido, bem fechado e todos pensam no título”, garante.