De volta à Série A, o Coritiba tem a missão de não repetir os erros das últimas campanhas na elite do futebol brasileiro. Com exceção de 2011, o clube alviverde apenas brigou para não cair, até que foi rebaixado há dois anos.
O discurso do presidente Samir Namur e do técnico do acesso, Jorginho, é de que o Coxa não pode pensar pequeno e tem que almejar algo grande. A realidade, contudo, é de fazer um planejamento para se estabelecer na primeira divisão e tentar se afastar do risco de queda.
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A capacidade de investimento do Coritiba será menor que do Bragantino, que foi campeão da Série B, e promete um aporte de R$ 200 milhões para a montagem do grupo. Sport, outro que subiu, Fortaleza, Goiás e Ceará, que ainda pode ser rebaixado, estão no mesmo patamar.
Atlético-GO, também no G4 da segunda divisão, é a equipe com menos poderio financeiro. Outros clubes também podem entrar nessa briga direta, como os cariocas Fluminense, Botafogo e Vasco da Gama, que ficam do meio da tabela para baixo e acumulam até rebaixamentos nos últimos anos. O restante tem a tendência de almejar voos maiores, a não ser que haja muitos erros, como o Cruzeiro, atualmente no Z4.
Para atingir tal objetivo, o time do Alto da Glória não pode gastar mais do que fatura e precisa manter os salários em dia, como fez nessa temporada, algo determinante na reta final. Saber mesclar o elenco também é essencial, sem pagar vencimentos altos a medalhões em fim de carreira. Uma saída admitida pelo presidente é a venda de Yan Couto para a Europa por 5 milhões de euros, ou seja, R$ 23 milhões.
“Se o Coritiba fizer uma negociação desse patamar hoje, nós arrumamos a casa. O Coritiba vai zerado para a Série A com potencial muito bom de fazer um elenco forte com a receita que vai entrar”, declarou.
O executivo de futebol, Rodrigo Pastana, não foi bem na montagem do Paraná no ano passado, e pode aprender com as falhas. O diretor encaminhou sua permanência na função para o ano que vem. Jorginho, treinador, terá conversas no final de semana e a tendência é de que continue também.
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A partir disso, o Coxa pode traçar um planejamento realista e dentro de suas possibilidades. É necessário investir no futebol, mas com responsabilidade e convicção do trabalho, a ponto de corrigir erros pontuais no caminho.