Como já era esperado, o imbróglio sobre a permanência do atacante Ariel no Coritiba acaba de ir para a Justiça do Trabalho. Na reta final do primeiro contrato assinado entre clube e jogador, e querendo “se precaver”, a diretoria alviverde acionou o argentino para renovar o visto de trabalho no Brasil, a fim de poder registrar na CBF o segundo acordo – firmado em 1.º de julho de 2008.
Por ser estrangeiro, o acerto de cinco anos feito com o “gringo” foi dividido em duas partes devido à lei de imigração. O jogador está prestes a cumprir dois anos os três restantes é que vêm gerando controvérsias.
Por isso, na visão do clube, restou o caminho dos tribunais para fazer valer o acordo assinado. “Foi (para a Justiça). A ação está distribuída”, revela Vilson Ribeiro de Andrade, vice-presidente do Coxa. “É um processo normal distribuído para ele cumprir o contrato”, complementa o dirigente.
De acordo com Vilson Ribeiro de Andrade, é uma medida de precaução, pois Ariel precisa renovar o visto de trabalho até 30 dias antes do final do contrato em vigência, que se encerra no dia 30 de junho. “O Coritiba não vai perder a oportunidade por falta de prazo. Eu sou advogado e não posso corre esse risco”, destaca Andrade.
Segundo ele, esse processo não deverá influenciar no rendimento do argentino em campo e nem mexer com o ambiente interno. Mas o dirigente diz estranhar o porquê de o jogador não renovar o visto de uma vez. “Não sei. Às vezes o jogador está mal assessorado”, arrisca Andrade.
Vale lembrar que quando Ariel foi contratado pelo Coritiba, o também argentino Sergio Irigoitia assinou como representante do jogador, mas os dois entraram em atrito devido ao repasse de parte das luvas. O empresário tem 20% dos direitos econômicos e quer que o avante cumpra o que assinou.
No entanto, o novo representante Nazareno Marcollese seria o novo responsável pela carreira de Ariel. Nenhum deles foi encontrado para comentar o assunto, mas a tendência é que a briga na Justiça aumente.
Isso por que, o contrato em vigência foi assinado em 1.º de julho de 2008 e é válido por dois anos. Nele, há uma cláusula em que o jogador concorda em ampliar esse vínculo até que se complete cinco anos ao todo.
Outro documento assinado, e que prevê esses cinco anos, tem data retroativa de 7 de maio. Mas para ser registrado na CBF, é necessário um novo visto de trabalho, que Ariel ainda não tem.
Imagens mostram cláusulas polêmicas nos dois contratos assinados por Ariel com o Coritiba, em 2008. |