A situação do Coritiba nos bastidores é cada vez mais preocupante. O clube divulgou nesta semana o seu balanço financeiro, que aponta que a dívida global está cada vez maior. O Coxa acumulou em 2017 um déficit de R$ 8,7 milhões, menor que os R$ 11 milhões de 2017 e os R$ 16,4 milhões de 2015, mas a somatória de dívidas é que chama a atenção.
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No total, o déficit acumulado do Coritiba é de R$ 151,4 milhões e a dívida total é de R$ 246,1 milhões. Muito por conta do gasto com o futebol.
Na ânsia de se livrar do rebaixamento – o que acabou não acontecendo -, a diretoria do Alviverde, ainda sob o comando do presidente Rogério Bacellar, gastou R$ 74,9 milhões, muito mais do que em 2016, quando investiu R$ 64,8 milhões, e que em 2015, com despesas de R$ 57,6 milhões.
Basicamente há acréscimo nas contas do futebol profissional (R$ 62,3 milhões), pois categorias de base e amortização de direitos econômicos seguiram no mesmo patamar dos últimos dois anos. Houve, no entanto, um investimento maior na formação de atletas.
De positivo no balanço, apenas a evolução na negociação de atletas, que somam quase R$ 20 milhões. Ainda assim, muito pouco perto dos problemas financeiros. Até mesmo o valor patrimonial foi desvalorizado.
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Em 31 de dezembro de 2016, o clube apresentava um patrimônio líquido negativo de R$ 44.078.327, agora a conta subiu para R$ 52.799.987. O valor mostra a insolvência coxa-branca neste momento. Em outras palavras, de acordo com o documento, seus bens não cobrem as dívidas.
Sobre o capital de giro, uma conta simples e assustadora é trazida no balanço. A gestão Bacellar, terminada em 2017, gerou R$ 5,2 milhões em receitas (metade do obtido no exercício anterior) e provocou um passivo circulante de R$ 54.484.903, quase 10 milhões a mais do que em 2016.