O Coritiba deu ontem mais um importante passo para tirar o novo Couto Pereira do papel. O clube apresentou oficialmente à prefeitura de Curitiba o anteprojeto arquitetônico do estádio. Agora, o Coxa espera pelo aval da administração municipal para dar início à procura dos investidores que financiarão a obra.
Representantes do Coritiba e da empresa WTorre (parceira do clube no projeto) participaram do encontro. Uma comissão da prefeitura está estudando a viabilidade técnica da demolição do ‘velho’ Couto e a construção de uma moderna arena no Alto da Glória, com capacidade para 42 mil pessoas.
O arquiteto português Tomás Taveira explicou ao secretário de urbanismo, Luiz Fernando Jamur, os detalhes do projeto. Além da arena coxa-branca, Taveira projetou outros estádios em que a WTorre está envolvida na construção, como a Arena Palestra Itália, do Palmeiras, em São Paulo, e a nova Ressacada, do Avaí, em Florianópolis.
O vice-presidente do Coxa, Marcos Hauer, ficou empolgado com a recepção. “Tivemos uma receptividade fantástica. O secretário viu o projeto, ouviu nossas idéias e nos garantiu que, neste estágio, a avaliação é rápida. Em três ou quatro semanas teremos uma resposta”, afirma.
A Tribuna tentou conversar com Luiz Fernando Jamur. Através da assessoria de imprensa, ele confirmou o recebimento do projeto, mas disse que não iria se manifestar.
Complexo
O novo Couto terá capacidade para 42 mil pessoas, cumprindo todas as exigências da Fifa. Serão 37.800 cadeiras numeradas e mais 3.200 lugares em camarotes. O estádio ainda terá uma área vip e estacionamento subterrâneo para 3.500 carros.
Nas imagens divulgadas pelo Coritiba, chama a atenção uma ampla cobertura sobre a curva atrás de um dos gols. “Isso será um anfiteatro, com capacidade para 15 mil pessoas.
Ele poderá abrigar espetáculos sem usar o gramado. Assim, será possível receber um show numa noite e um jogo no dia seguinte”, explica Marcel Campos, da WTorre Arenas. Além do estádio em si, o projeto prevê a construção de um hotel, um centro comercial e um espaço para convenções.
Previsão
Por enquanto, Coritiba e WTorre não falam em custos. “Estamos estudando a viabilidade econômica do projeto. Ainda é muito prematuro falar em datas ou valores”, diz Marcel Campos. Extra-oficialmente, a empreitada é avaliada em cerca de R$ 200 milhões.
“Procuraremos um investidor. Também é importante que o governo federal abra uma linha de financiamento, não só para nós, mas também para outros projetos”, ressalta o representante da WTorre.
A construtora ficará encarregada da administração do estádio, mas o período ainda não está definido, mas deve ficar entre 20 a 30 anos. Assim que a obra começar, a previsão para a conclusão é de 30 meses.
Coritiba e WTorre não falam em prazos, mas o clube já revelou que pretende dar início à empreitada em dezembro de 2009. Assim, se tudo correr bem, o novo Couto deverá estar pronto em meados de 2012.
O projeto ainda poderá sofrer algumas adequações. “Nada é definitivo. Tudo ainda passará pela avaliação da prefeitura, de investidores e do conselho deliberativo do clube, que poderão propor mudanças”, diz Flávio Kitzig, responsável pelo planejamento estratégico alviverde.
