Coritiba ainda sofre com o fantasma dos “lesionados”

Mesmo contando com um planejamento completamente remodelado, no comparativo com 2013 – principalmente em relação ao maior tempo de pré-temporada do elenco principal -, o Coritiba não se livrou do principal complicador do clube ano passado, e que quase o levou ao rebaixamento ao final da temporada: o elevado número de jogadores lesionados.

Os números mostram isso. Em duas semanas de disputas da temporada 2014, onde realizou três partidas pelo Paranaense, o Alviverde já recebe seis hóspedes em seu departamento médico. Por conta da ausência do volante Djair, última baixa com uma lesão muscular na coxa esquerda, o técnico Zé Carlos deverá promover mudanças no time alternativo que enfrenta amanhã, às 17h no Couto Pereira, o Cianorte.

Antes mesmo da estreia, já eram três os atletas no estaleiro pelos lados do Alto da Glória. O goleiro Tadeu, então titular da equipe alternativa, sofreu uma lesão na mão em um jogo-treino contra o J. Malucelli no CT da Graciosa, e está em tratamento. Também se lesionaram antes da estreia do Alviverde, mas desta vez com problemas de ordem muscular, os laterais Felipe Ramon e Timbó, primeira e segunda opção do técnico Zé Carlos para o setor esquerdo, respectivamente.

Do time que atuou nas primeiras rodadas do Estadual, o Coxa também perdeu por lesão muscular o atacante Maykon, e a dupla de volantes Artur e Djair – possivelmente pela maratona de três jogos que a equipe realizou nos sete primeiros dias do Estadual, e o consequente aumento da carga física dos jogadores e a redução no tempo de recuperação.

Apesar de as lesões originadas por traumas, típicas dos esportes de contato, não poderem ser previstas, a base de trabalho dos clubes atualmente passa pela prevenção. Para que a perda de atletas não se torne um fato recorrente, o trabalho preventivo deve envolver os departamentos médico, de preparação física e também a fisiologia.

É o que explica o especialista na área esportiva William Jurjus Yousef, que acumulou a experiência de 11 anos no atendimento médico do clube, entre 2000 e 2011. “Um baixo índice de lesões no início da temporada está sempre associado ao trabalho de prevenção. Essa é a base da medicina esportiva mundial hoje, e acontece através da ação conjunta de uma equipe multidisciplinar, com o departamento médico, preparação física e fisiologia”, afirma.

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