Coritiba adota Vila Capanema como plano B

O Coritiba já tem onde jogar na semana que vem. Apesar de ainda lutar para liberar o Couto Pereira para estrear no Paranaense contra o Serrano, o Alviverde acertou com o Paraná Clube o uso da Vila Capanema enquanto o Alto da Glória estiver interditado. Mas não foi só isso.

O clube também conseguiu mudar a interpretação que a Federação Paranaense de Futebol estava dando do artigo 37 da competição e vai poder atuar na capital sem problemas. Pelo acordo com os tricolores, o Coxa ficará responsável por pagar todas as despesas e repassar 20% do lucro para o
dono do estádio.

Mesmo em recesso, a FPF enviou um ofício ao Coritiba esclarecendo como será cumprida a punição imposta pelo STJD. O clube não divulgou o conteúdo do documento.

A redação do artigo confunde: “As EPD que não tiverem suas praças de desporto liberadas pela Comissão de Vistoria da FPF, ou que percam mando de campo por decisão da Justiça Desportiva, só poderão indicar nova praça de desporto, para mando de jogos, que estejam situadas no mínimo a 100Km (cem quilômetros) de distância de sua cidade sede”.

Já o artigo 53 do Regulamento Geral das Competições reitera essa proibição para equipes que estejam com estádio interditado por ordem da Justiça Desportiva. “A indicação não pode recair sobre o mando da equipe adversária, nem pode recair em praça esportiva da mesma cidade e só serão admitidos para mando os estádios da mesma série ou imediatamente superior”. A liberação só será votada no começo do mês que vem no STJD.

Mas, com o respaldo oficial da Federação, o presidente alviverde, Jair Cirino dos Santos, se reuniu com o mandatário paranista, Aquilino Romani, na sede do Paraná Clube na Avenida Kennedy e formalizou o acordo.

Com a Vila à disposição, o clube facilita a vida dos torcedores e, principalmente, dos sócios, que não terão que viajar para acompanhar a equipe neste início de temporada. A partida contra o Serrano está programada para às 18h30 do sábado da semana que vem.

Ao mesmo tempo, o departamento jurídico continua trabalhando para derrubar a interdição do estádio, mas não será fácil. Com os distúrbios ocorridos após a partida contra o Fluminense, na última rodada do Brasileirão do ano passado, o clube foi punido com a perda de 30 mandos a serem cumpridos na Segundona e ainda com a interdição, que precisa ainda ser julgada no pleno do tapetão. A reportagem tentou um contato com os dirigentes, mas nenhum deles foi encontrado ou atendeu os telefonemas.

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