Conseguir o acesso à primeira divisão do ano que vem virou uma obsessão para o Coritiba. A diretoria já se comprometeu que não irá medir esforços para colocar o clube de volta na elite do futebol brasileiro. E não é para menos. Um novo fracasso na disputa da Série B deste ano pode comprometer de vez as finanças para a próxima temporada. Assim, qualquer investimento extra no elenco ainda em 2019 será válido para a recuperação moral e financeira do Coxa no cenário nacional.
Ao não conseguir o acesso para a primeira divisão no ano passado, o Alviverde, somente em cotas de televisão, deixou de ganhar nada menos do que R$ 50 milhões. E a situação pode ficar pior se o time fracassar de novo em 2019 e não subir outra vez. “A perda de receita por conta da permanência na Série B foi grande do último ano para esse. Foi na ordem de R$ 50 milhões. Se isso ocorrer de novo, podemos projetar pelo menos algo parecido com isso. Tenho certeza que não vai acontecer. Isso somente no que diz respeito às cotas de televisão, sem contar com as receitas com patrocínios, sócios e outras”, explicou o presidente Samir Namur.
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O Coritiba já sentiu na pele neste ano a dificuldade para conseguir novos patrocinadores. Não conseguiu fechar um contrato com um apoiador master, por exemplo, para toda a temporada. Por necessidade, teve que se contentar com acertos pontuais, mas que foram fundamentais para conseguir manter as contas em dia. E a diretoria sabe que isso pode piorar se o acesso não vier no final do ano.
Mas mesmo diante dessa realidade, recentemente, enquanto viu a maioria dos seus concorrentes se reforçar para a reta final da Série B, o Coxa trouxe apenas o meia Serginho e o atacante Kelvin. O mandatário alviverde admitiu a necessidade de pelo menos mais um reforço. Um zagueiro ainda é pretendido pelo clube. Posição, aliás, mais carente atualmente no elenco, que será comandado, a partir de sábado, pelo técnico Jorginho.
Só que a chegada de novos reforços não está descartada. Samir Namur segue pregando que deixará as dívidas de lado para conseguir qualificar o elenco para a sequência da segunda divisão. “Temos a ciência que existe pelo menos mais uma carência que ainda não foi suprida. A ideia é contratar, sim, e evidentemente trazer um atleta da maior qualidade possível dentro das condições do clube. Se precisar gastar um pouco mais, o investimento certamente pode-se pagar num futuro próximo, porque a perda de receitas em mais um ano de Série B é grande”, avisou o presidente.
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Mas ao mesmo tempo em que tem essa necessidade de qualificar o elenco, o Alviverde esbarra em alguns fatores. O prazo para novas inscrições na Série B acaba no dia 7 de outubro, ou seja, a diretoria tem mais duas semanas para tentar encontrar jogadores que, dentro da realidade do clube, possam chegar para ajudar o time a conseguir o acesso à primeira divisão.
“As janelas do exterior já fecharam. Os atletas que disputaram duas competições oficiais da CBF não podem disputar a terceira. Então, temos esses obstáculos. Jogadores da Série B que já fizeram sete jogos também não podem vir. Você acaba ficando restrito a atletas de Série A, que, mesmo não sendo aproveitados, ainda assim são caros”, concluiu Namur.
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