Trajetória alviverde

Coritiba, 38 vezes campeão paranaense

Na alegria feminina, a nova geração da torcida alviverde que esteve ontem no Couto Pereira para acompanhar a decisão. Foto: Albari Rosa

Melhor aproveitamento, melhor ataque, artilheiro e o título conquistado depois de quatro temporadas. Foi assim que o Coritiba sagrou-se neste domingo (7), no Couto Pereira, após o empate em 0x0 diante do Atlético, campeão paranaense de 2017. Mas a caminhada do Verdão foi difícil, teve seus percalços, demissão de treinador, mas acabou prevalecendo a regularidade do Coxa na reta final do Estadual, sobretudo sob o comando do técnico Pachequinho, para que o torcedor alviverde voltasse a comemorar um título.

Depois de escapar por pouco do rebaixamento à segunda divisão no Campeonato Brasileiro do ano passado, o Coritiba apostou na manutenção do técnico Paulo César Carpegiani. Com vários reforços contratados, mas nenhum grande nome, o time alviverde, na verdade, jogou dois meses no lixo. Isto porque no final de fevereiro o treinador foi demitido e, para o seu lugar, Pachequinho assumiu o comando da equipe de forma interina.

Esta, talvez, tenha sido um dos poucos acertos da atual gestão do Coritiba que tem no comando o presidente Rogério Portugal Bacellar. Sob o comando de Pachequinho, o torcedor coxa-branca viu em campo a evolução e o crescimento da equipe alviverde. O começo, de fato, não foi dos melhores. A derrota por 2×0 para o time alternativo do Atlético, na Arena da Baixada, poderia ter aumentado de vez a crise no Alto da Glória.

Mas só poderia. Ali mesmo, no vestiário da Arena da Baixada, os jogadores prometeram uma virada e o título do Campeonato Paranaense. Prometeram e cumpriram. A partir dali, o Coritiba ganhou uma cara e foi construindo a história do título com boas vitórias, mas principalmente com grandes atuações. Da quinta rodada até a final do Estadual foram apenas mais duas derrotas, sendo uma delas para o Londrina, fora de casa, quando foi colocado um time reserva em campo.

O Coritiba, sob o comando do técnico Paulo César Carpegiani, apresentou muitas dificuldades no setor ofensivo e chegou a ter o pior ataque do deficitário Campeonato Paranaense. O time coxa-branca, então, sob o comando de Pachequinho, evoluiu em todos os sentidos. Manteve sua boa postura defensiva, mas fechou o torneio com o melhor rendimento ofensivo com 29 gols anotados ao todo.

Essa melhora do rendimento ofensivo teve muito a ver também com a grande fase do atacante Kléber. O Gladiador, pelo segundo ano seguido, conquistou a artilharia do Estadual. Neste ano, porém, com a diferença de que levou também para casa o título do Campeonato Paranaense. Foram 11 gols marcados no torneio e o Gladiador fechou o torneio como um dos principais jogadores.

Reta final

Durante a primeira fase, o Coritiba, apesar dos altos e baixos, fechou sua participação na segunda posição. Nas quartas de final, teve pela frente o Cascavel, mas não tomou conhecimento do time do Oeste. Goleou fora de casa por 5×0 e 4×0 dentro do Couto Pereira. Na semifinal, o adversário foi o Cianorte, time do interior de melhor campanha do Campeonato Paranaense.

O Coritiba, então, teve mais dificuldades. Perdeu mais uma vez para o Cianorte fora de casa por 1×0 no primeiro duelo da semifinal. No Couto Pereira, o Coxa se impôs desde o começo, teve uma grande atuação e contou principalmente com a estrela do atacante Iago para vencer por 3×1 e decidir mais uma vez o Estadual contra o Atlético.

Os recentes insucessos contra o Atlético, principalmente a decisão do Paranaense do ano passado, estavam engasgadas. O Coritiba, no primeiro Atletiba decisivo, na Arena, entrou com espírito de campeão. Venceu por 3×0 e poderia ser mais. No Couto Pereira lotado, ontem, o Verdão controlou a vantagem adquirida na primeira partida e voltou a ser campeão estadual depois de quatro anos.