A Copa do Brasil terminou na quarta-feira passada, com o Palmeiras campeão pela segunda vez na história, e se despediu da fórmula que era utilizada desde 2001. A partir do ano que vem, as equipes que estarão na Libertadores também poderão disputar a competição, que passará de 64 para 86 clubes participantes, ocupando todo o calendário nacional, de março a novembro.

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É uma maneira de elitizar o segundo maior torneio do País, e atrair ainda mais o interesse de times e torcedores. Apesar de a Copa do Brasil ter crescido gradativamente desde a sua criação, em 1989, e já ter se firmado como um título de real importância, ainda não conta com o mesmo prestígio que o Campeonato Brasileiro.

A prova disto é justamente a edição de 2012. A média de público foi de apenas 8.970 pagantes por partida, sendo apenas a 12.ª melhor média da história do torneio, ficando bem atrás dos 14.616 pagantes de 1997. Um dos motivos para isto é que três, das cinco maiores torcidas do Brasil – Flamengo, Corinthians e Vasco -, estavam preocupadas com a Libertadores, assim como Fluminense, Internacional e Santos.

A média de gols também deixou a desejar. Em 122 partidas, as redes foram balançadas 319 vezes – média de 2,85 gols por partida, a 13.ª maior da competição, contra os 3,42 de 1997. Graças ao baixo poder ofensivo dos atacantes. O artilheiro da Copa do Brasil em 2012 foi Luís Fabiano, do São Paulo, com 8 gols, seguido de Guerrón, então ainda no Atlético, que marcou 7. Números maiores que de 2011, por exemplo, quando cinco jogadores foram os artilheiros, com apenas cinco gols cada, mas bem menores que os 14 de Fred, na época no Cruzeiro, em 2005.

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Na contramão disto tudo esteve o Coritiba. Em seis jogos no Couto Pereira, o Alviverde sempre esteve acima da média de público da competição. A menor no estádio foi contra o Paysandu, pelas oitavas de final, quando 9.228 pessoas acompanharam a partida. A prova disso é que a média do Coxa foi de 17.136 torcedores por partida, mais que o dobro do torneio.

Além disso, dos cinco maiores públicos do torneio, quatro foram em partidas do Coxa, sendo uma no Couto – a final contra o Palmeiras, com 31.322 pessoas, o quarto maior público -, e outras três como visitante. Os 25.485 pagantes contra o São Paulo foi o oitavo maior número de espectadores. Já o ataque deixou a desejar. Foram apenas 17 gols marcados em 12 partidas, média de 1,4 por jogo, sendo distribuídos entre sete atletas. Os artilheiros da equipe foram Everton Ribeiro e Anderson Aquino, com quatro gols cada um – metade dos gols de Luís Fabiano.

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