Com a missão de atuar não apenas como fiscalizador das contas do Coritiba, mas também sugerir reformulações necessárias na gestão do clube, Gerson Chimelli foi eleito presidente do conselho fiscal alviverde.
Na última segunda-feira (28) também foi escolhido o secretário, Carlos Eduardo Vianna Santos, e a metodologia de trabalho para o biênio 2010/2011. O novo conselho fiscal tomará posse no dia 4 de janeiro, junto com o G-9.
Na ocasião, a diretoria pretende apresentar a real situação financeira do Coritiba – que vai começar 2010 no vermelho e terá uma grande queda de recursos, estimada inicialmente em pelo menos R$20 milhões no ano.
Uma das primeiras sugestões do conselho fiscal é verificar os contratos do plano de sócios “Eternamente Coxa”. O percentual médio de 38% repassado a uma empresa terceirizada é considerado alto pelo futuro presidente do conselho Fiscal, Gerson Chimelli.
“Creio que em um primeiro momento, talvez houvesse a necessidade de terceirizar, por falta de estrutura. Mas chegou a hora de assumir o plano B, realizando esse processo dentro dos quadros do clube. Isso vai ser proposto ao novo G-9 oficialmente após a posse”.
Outra iniciativa do novo conselho liderado por Chimelli será aumentar o intercâmbio de ideias com outras equipes do futebol brasileiro, inclusive os “co-irmãos” da capital paranaense.
“A partir desse relacionamento com outros clubes, poderemos receber sugestões e aprender o que de bom se faz em outros lugares”, afirma Chimelli. O novo presidente do conselho fiscal não acredita em ressentimento dos torcedores com a possibilidade das conversas envolverem Atlético e Paraná Clube – o que já ocorre em São Paulo, onde ações conjuntas de captação de recursos são realizadas pelos clubes.
“A torcida pode ver outras agremiações como concorrentes. Porém, nós, diretores, temos também que pensar na forma empresarial. E essa troca de informações é muito comum em grandes corporações”, explica.
Chimelli afirmou que acredita no bom relacionamento entre os 4 conselhos do Coxa para que o trabalho profissional possa ser implantado na nova gestão. “Em momento algum tivemos dificuldade em obter informações. Isso está nos ajudando desde já, pois o conselho fiscal não pode ser usado como instrumento político. Com isso podemos arregaçar as mangas e trabalhar”.