Ao mesmo tempo em que o Coritiba viu ruir o G5 construído durante a campanha eleitoral da chapa Coxa Maior, liderada pelo presidente Rogério Portugal Bacellar, o Conselho Deliberativo coxa-branca segue atuante e fazendo as devidas cobranças ao conselho administrativo diante da crise. Anteontem, além do aluguel do Couto Pereira ao Atlético, o atual momento do futebol alviverde esteve na pauta e contou com a presença do diretor executivo Maurício Andrade.

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O dirigente, que está a frente ultimamente pelo departamento de futebol, principalmente depois da saída do vice-presidente Ernesto Pedroso, respondeu mais de 40 perguntas feitas por conselheiros presentes, que querem saber o motivo da crise técnica que vive o Alviverde.

O presidente do Conselho Deliberativo, Pierpaolo Petruzziello, afirmou que as explicações vindas do departamento de futebol em um momento como esse são importantes. “O conselho do Coritiba é um conselho atuante, que tem cobrado, que não tem uma identidade com a diretoria e que age para o bem do clube. Temos que cobrar e o Bacellar tem mandado pessoas para dar satisfação e isso é muito bom. Acaba somando em um momento como esse”, explicou.

Petruzziello afirmou que as cobranças vão continuar para que o Coritiba possa, o mais breve possível, sair da situação ruim em que se encontra. “O Maurício Andrade viu, na reunião, o tamanho do Coritiba. Foi a primeira vez que ele foi e ele pode sentir isso. O Conselho vai cobrar, quer ser ouvido e isso mostra para a torcida que não estamos brincando em serviço”, concluiu o dirigente.

Elenco apóia Ney Franco

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Ao garantir o técnico Ney Franco no cargo, o presidente Rogério Portugal Bacellar também acatou um desejo dos jogadores alviverdes. O zagueiro Leandro Silva defendeu o atual comandante e assumiu a responsabilidade. “Não tem nem o que dizer do Ney. A nossa postura em campo que tem que mudar. Quem está jogando somos nós. A responsabilidade é nossa e o Ney não é culpado de maneira alguma”, afirmou.

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“Se troca demais de treinador na temporada o time não cria identidade. O momento é de reagirmos. Não adianta chegar aqui e falar do treinador”, disse o lateral Juan, que chegou ao Coxa indicado por Ney Franco.

Motivação extra

O atacante Alecsandro, do Palmeiras, afirmou que a obrigação de vencer o duelo de hoje é do time paulista. A declaração não pegou bem entre os jogadores coxas-brancas. “É um direito dele. Teoricamente, olhando a tabela, seria isso, mas cada jogo tem uma história. Posso dizer que ele foi infeliz em falar isso e acabando o jogo vamos ver quem vai sair vitorioso”, apontou o zagueiro Leandro Silva.

“Ele falou pela situção que eles vêm vivendo. A gente está aqui no nosso papel e com o apoio da nossa torcida vamos dar a vida para conquistar a vitória”, arrematou o lateral Juan.

Ruy mostra confiança

Da arquibancada para o gramado, o meio-campo Ruy é um dos jogadores que mais sentem a atual situação do time. Torcedor alviverde de coração, o jogador, campeão paranaense pelo Operário, afirmou que o sentimento é de tristeza ao ver o Verdão na lanterna. “O sentimento é de tristeza. Falando como torcedor, jamais gostaria de ver meu time do coração na última posição. Meu sentimento é igual ao de todos os torcedores do Coritiba. Mas tenho esperança que vamos dar a volta por cima. Me apego nisso e também na qualidade dos meus companheiros, no trabalho do Ney Franco”, garantiu.

“A mensagem que deixo é de desculpa. Infelizmente nós falhamos, todo mundo aqui não queria ver o Coritiba nessa situação. É difícil pedir, mas peço que acreditem na gente”, arrematou ele, que quando estava nas categorias de base do Coxa, morou por sete anos no alojamento do Couto.