O técnico Celso Roth dedicou a tarde de ontem a treino específico de finalizações. Uma rotina em semanas “cheias” para treinamentos, mas que ganha uma proporção maior no Coritiba. Tudo por conta de um desempenho absolutamente irregular do ataque coxa-branca neste Brasileirão. O mesmo time, que fez três gols no Grêmio, em Porto Alegre, tem um aproveitamento pífio jogando no Couto Pereira. Em cinco jogos no Alto da Glória, o Verdão só conseguiu fazer sua torcida “pular e sair do chão” uma vez. Mesmo assim, de pênalti, no empate com o Internacional.
Para piorar, o treinador não terá Zé Love para o jogo do próximo sábado, no Maracanã, frente ao Fluminense. Nas três últimas partidas, ele foi o principal goleador do time, com três gols. Suspenso pelo terceiro cartão amarelo, ele deve dar lugar a Keirrison. Mesmo ainda buscando uma sequência positiva, após a renovação do seu contrato, o K9 ainda dá sinais de que está distante de ser aquele atacante confiável para noventa minutos em alto nível, como normalmente exige o Brasileirão. Na prática, ele é o único atacante de referência deste grupo, já que Zé Love se rotula como um “atacante de lado” e o garoto Douglas ainda busca a melhor adaptação ao grupo principal.
Com esse dilema em relação ao setor ofensivo, Roth deve, ao natural, priorizar a disciplina tática e a marcação no jogo frente ao vice-líder da competição. “Encarar o Fluminense, lá no Rio, não é fácil”, reconhece o volante Baraka. Na condição de principal marcador do time, ele deve ser encarregado do bloqueio sobre o argentino Conca, referência criativa do tricolor carioca. “Faz parte. Como o pessoal brinca, é a missão de um caça-talento”, disparou Baraka, que no último domingo conseguiu conter todas as ações ofensivas de Jadson. “Estamos fazendo jogos equilibrados. Sabemos que é importante vencer, mas nós temos que pontuar”, cravou Baraka, sem esconder que até um empate seria recebido como um bom resultado.