Ontem de manhã, a presidente Dilma Rousseff recebeu representantes de doze clubes do futebol brasileiro para discutir a criação da Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte. Por isso, uma comissão foi criada e a lei será apresentada para votação no Congresso Nacional em setembro. O presidente do Coritiba, Vilson Ribeiro de Andrade, participou do encontro como líder da comissão de clubes e frisou que novidades poderão surgir já nas próximas semanas.

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“Ocorreu tudo bem e a reunião foi ótima. Foram doze clubes presentes e nós participamos, colocamos algumas posições e a presidente Dilma Rousseff entendeu o posicionamento dos clubes e decidiu a criação dessa comissão, que terá como coordenador o ministro do Esporte Aldo Rebelo. Nos próximos quinze dias devemos ter novidades”, frisou o mandatário coxa-branca.

Se aprovada, a Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte dará oportunidade aos clubes de refinanciar suas dívidas fiscais, como INSS, Imposto de Renda, FGTS, Timemania e Banco Central, podendo pagá-las em até 25 anos. Com isso, os clubes poderiam manter suas finanças em ordem e iniciar uma grande reestruturação no futebol brasileiro – necessária segundo os dirigentes. O presidente do Botafogo, Maurício Assumpção, disse pensar em tirar o time do Brasileirão por ter 100% das receitas bloqueadas pela Justiça.

Para o presidente coxa-branca, a aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte trará melhorias para a gestão dos clubes do futebol brasileiro. “Se aprovada e com o OK do governo, vejo pelo lado extremamente positivo. Isso acarretará na melhoria da gestão dos clubes de futebol em geral”, resumiu Ribeiro de Andrade.

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A comissão que formulará as modificações na Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte será definida na próxima semana e vai reunir, além de representantes dos clubes, integrantes dos ministérios da Fazenda, do Esporte e da Advocacia Geral da União. Estima-se que, por causa das eleições, a proposta só seja apreciada depois de outubro. Se aprovada, a nova lei exigirá que os clubes apresentem as certidões negativas um mês antes das competições, sob pena de rebaixamento. Há também a obrigatoriedade dos pagamentos de salários e funcionários do clube em dia, além do controle do déficit financeiro da instituição.

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