O roteiro é normalmente parecido: o jovem jogador se destaca nas categorias de base, chega no profissional com muita expectativa da direção do clube, da torcida e principalmente dele mesmo, e nem sempre consegue se destacar. No Coritiba não é diferente.

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Nos últimos anos vários atletas saíram da base alviverde com a expectativa de renderem milhões ao clube e acabaram não tendo grandes resultados. Uns por imaturidade e outros por problemas técnicos mesmo. Alguns até conseguiram um desempenho melhor fora do Coxa, mas acabaram não deixando saudade por aqui.

Veja cinco promessas que não vingaram quando estavam no Coxa (independentemente do desempenho posteriormente na carreira):

Abner

Foto: Albari Rosa/Arquivo/Gazeta do Povo

O lateral-esquerdo surgiu nas categorias de base com um destaque poucas vezes visto, com passagens pela seleção brasileira sub-17 e sub-20. Algo que aumentou ainda mais a visibilidade diante da venda precoce para o poderoso Real Madrid em 2013.

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Na primeira passagem, fez apenas um jogo pelo Coxa. Depois foi para a Espanha e jogou pelo Real Madrid B. Após uma sequência de lesão e uma passagem pelo portugûes Estoril, voltou ao Coritiba em 2018, emprestado, mas não conseguiu o sonhado acesso com o clube que o revelou. Acabou contratado pelo rival Athletico e emprestado nesse ano para o paulista Água Santa.

Rafhael Lucas

Rafhael Lucas era inegociável, segundo Bacellar, mas teve poucos meses de destaque. Foto: Hugo Harada/Arquivo/Gazeta do Povo

O destaque do atacante não foi só nas categorias de base. Rafhael Lucas brilhou em 2015 já no time principal, quando foi o artilheiro do Paranaense com a impressionante marca de 12 gols em 17 partidas. Na época o presidente Rogério Bacellar afirmou que não o venderia nem por 20 milhões de euros.

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Porém, no Brasileirão não comprovou a expectativa criada. Depois passou por Goiás, Fortaleza, Mirassol, Paraná e Internacional de Lajes. Retornou ao Coxa em 2018, fazendo apenas uma partida pela equipe principal. Em julho daquele ano rescindiu o contrato para ir para o Jaguares, da Colômbia. Passou depois pelo FC Cascavel e pelo goiano Anapolina.

Dodô

Foto: Albari Rosa/Arquivo/Gazeta do Povo

O lateral-direito chegou com uma grande expectativa no profissional em 2016, com convocações para as categorias de base da seleção brasileira. Teve altos e baixos na equipe profissional e em 2017 chegou a ser perseguido por parte da torcida diante do baixo desempenho. O jogador até bateu boca com torcedor nas redes sociais e depois pediu desculpas.

No final de 2017 foi vendido para o Shakhtar, da Ucrânia, por dois milhões de euros. Na metade de 2018 foi emprestado para o português Vitória de Guimarães, mas logo voltou para o time ucraniano. Já teve proposta de transferência para o Bayern de Munique.

Henrique Gelain

Foto: Marcelo Henrique/Arquivo/Gazeta do Povo

O lateral-esquerdo subiu para a equipe profissional em 2015 com um grande cartaz, comparado inclusive ao ex-jogador Roberto Carlos. “Uso bastante da força e o Roberto Carlos se destacou por causa disso. Tenho uma certa semelhança”, admitiu na época em entrevista coletiva.

Porém, esse esperado desempenho não se confirmou em campo. Acabou o ano seguinte tendo uma passagem pelo Náutico, voltou para o Coxa, foi para o Paraná e retornou para o Alviverde. No início de 2019 rescindiu seu contrato com para ir para o Portimonense, de Portugal. 

Renan

Foto: Orlando Kissner/Arquivo/Gazeta do Povo

Da mesma geração de Keirrison, Henrique e Marlos, o meia Renan não conseguiu ter grande destaque com a camisa coxa-branca. Em 2006 acabou dispensado do clube e foi para o Paraná no ano seguinte. Depois passou pela Ponte Preta e pelo futebol grego, espanhol e venezuelano.

Encerrou a carreira prematuramente, aos 27 anos, por recomendação médica – foi identificado um problema no coração do jogador. Depois se tornou empresário, sendo dono de uma quadra de futebol sintético em Pinhais. Hoje é vereador em Pinhais, sendo o sexto mais votado na eleição.

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