O técnico Celso Roth terá que quebrar a cabeça para encontrar uma formação minimamente equilibrada para este confronto com o Vitória. Após as jornadas animadoras frente a Grêmio e Fluminense – sempre fora de casa – os recentes deslizes contra Paysandu (pela Copa do Brasil) e Flamengo reabriram feridas e expuseram a fragilidade de um grupo, visto com desconfiança pelo seu próprio torcedor. A ponto de as reações da galera, no último domingo, terem sido direcionadas, em maior intensidade, ao presidente Vilson Ribeiro de Andrade.

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Baraka, por seu erro bisonho, foi castigado ainda com a bola rolando. Mas, ao término da partida, o grito do torcedor teve um alvo: o seu presidente. Resposta a mais uma temporada de muita pressão. Se nos últimos anos o Coritiba acabou sempre correndo contra o rebaixamento, o desempenho atual coloca o clube como um dos grandes ‘favoritos’ à degola. Para estancar esse pessimismo que tomou conta da nação alviverde, a única saída é vencer o jogo de amanhã. Para isso, a tendência é que Roth aposte em alguns pratas-da-casa, como Dudu e Zé Rafael. Na prática, são os únicos meias de criação à sua disposição.

A rotina coxa-branca se mantém inalterada. Em dezenove jogos na temporada – quatro deles pela Copa do Brasil – o treinador jamais repetiu a formação. Nesse histórico, o mais preocupante é o desempenho ofensivo, onde à exceção de Zé Love, ninguém deu uma resposta minimamente confiável. E, é bom lembrar, que Zé vem se mantendo como titular muito mais por sua entrega nos jogos do que pela qualidade técnica. Martinuccio, contratado para ser o grande referencial técnico do clube nesta segunda etapa do Brasileiro, continua aprimorando a parte física.

É desta forma que o Verdão caminha para essas quatro últimas rodadas do turno, onde terá pela frente nada menos do que três decisões. Jogos ‘de seis pontos’ contra Vitória, Palmeiras e Bahia, que vivem situação tão ou mais desesperadora que a do próprio Coritiba. Tudo isso em meio a confrontos pela Copa do Brasil – frente ao Flamengo – e praticamente tempo algum para treinamento. Resumindo a situação em poucas palavras: ou vai ou racha.

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