Com o Coritiba sem corresponder tecnicamente, e afundado na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro, a diretoria aliverde tentou uma manobra nos bastidores para evitar a terceira queda do clube em nove anos. O departamento jurídico buscou brechas no regulamento para tirar pontos da Portuguesa, igualmente ameaçada pelo fantasma da Série B.
A visão do clube é que o time paulista feriu o regulamento específico da competição, no capítulo III, artigo 9.º, que em seu parágrafo único aponta que ‘cada clube poderá receber até cinco atletas transferidos de outros clubes do Campeonato da Série A; de um mesmo clube da Série A, somente poderá receber até três atletas’. Para as disputas do Brasileiro a Lusa contratou a granel, e tem em seu elenco 9 atletas por empréstimo de outros clubes da primeira divisão. Entretanto, apenas quatro deles – William Arão, Carlos Alberto, Gilberto e Henrique – atuaram depois de defender seus clubes de origem.
O posicionamento da CBF dá conta de que o limite de cinco atletas vale efetivamente apenas para jogadores inscritos em partidas da competição, e que constem nas súmulas dos jogos. Tanto que a entidade, por meio do diretor de competições, Virgílio Elísio, rapidamente agiu e já afirmou que não há espaço para qualquer tipo de manobra. Vasco e Fluminense também confabularam para pegar carona na ação do Coxa, que pixoteou. O clube interpretou mal o regulamento e só trouxe dois reforços de clubes da Série A, quando poderia ter contratado cinco. “Nós não reforçamos o time por causa disso, por essa interpretação que tivemos”, disse o presidnete Vilson Ribeiro de Andrade.