O tempo passou e Paulo César Carpegiani pouco mudou. Na sua filosofia, nos seus planos e no seu interesse de dar espaço a jogadores jovens. Na sua terceira passagem pelo Coritiba, começam a se repetir cenas vistas em 1990 e 1995, quando a base alviverde foi decisiva para a montagem dos elencos.

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Em 1990, foi Carpegiani quem efetivou três dos principais jogadores do clube naquela década – o zagueiro Jorjão, o volante Hélcio e o atacante Pachequinho. Os dois primeiros ficaram menos tempo no clube, mas renderam bom dinheiro em tempos de vacas magras (Jorjão foi vendido para o Nacional de Montevidéu e Hélcio para o Paraná Clube). E Pacheco entrou na lista dos ídolos da história alviverde, e hoje é ao mesmo tempo antecessor e auxiliar do técnico.

Em 1995, Auri foi o “Jorjão da vez”, sendo pinçado da base e logo depois negociado com mo futebol do exterior. O outro que Carpegiani lançou não precisa de maiores apresentações – Alex. Fruto do próprio histórico do treinador, formado nas históricas escolinhas do Internacional, e que depois foi o responsável por liderar a maior geração da história do Flamengo, que tinha oito titulares formados na Gávea.

O treinador alviverde agora deu força definitiva a Raphael Veiga, que cresce a cada rodada e na goleada sobre o Grêmio na quarta-feira (7) fez gol e deu assistência. Carpegiani também efetivou Dodô na lateral (o que Pachequinho também havia feito), recuperou Walisson Maia, apostou em Iago e deu novo fôlego a Evandro.

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Seu próximo passo foi visto na partida contra os gaúchos. Yan Sasse, destaque da base, entrou e recebeu elogios contundentes do técnico. “Tem um futuro brilhante. Tem uma leitura tática impressionante, joga fácil e futebol é fácil para quem é exceção. O Yan é uma dessas exceções na minha opinião”, comentou Carpegiani, que o colocou aos quinze minutos do segundo tempo, no lugar de Neto Berola.

E o que leva Paulo César Carpegiani a apostar nos jogadores jovens? “”Merecimento. Quando acho que o menino está pronto, merece oportunidade pelo comportamento físico, técnico e tático. Foi o caso do Yan. Esses meninos, por merecimento, terão oportunidades”, disse o técnico do Coritiba, que é sintético quando perguntado se não tem medo de colocar um garoto num momento delicado, na luta para fugir do rebaixamento no Campeonato Brasileiro. “Eu não tenho receio nenhum”, finalizou.

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