Sem futebol na prática há mais de um mês, por conta da pandemia do coronavírus, o técnico do Coritiba, Eduardo Barroca, já vai pensando lá na frente. Mesmo sem saber quando a bola voltará a rolar, o treinador admitiu que já vem estudando os adversários do Coxa no Campeonato Brasileiro.
A estreia do Alviverde no Brasileirão, que seria no dia 3 de maio, está marcada contra o Internacional. E é justamente o Colorado, mais especificamente o técnico Eduardo Coudet, que o comandante coxa-branca vem analisando.
“Quando retornarmos ao Brasileiro, vamos enfrentar o Internacional e estou olhando jogos do Internacional e do Coudet, quando ele era técnico do Racing e foi campeão argentino. E fui ver um jogo em que ele perdeu em casa para o River Plate por 6×1, um jogo totalmente atípico. Fui estudar e ver alguns comportamentos do Rive Plate, separei diversos momentos e lances e debati com alguns jogadores”, explicou Barroca, em entrevista ao De Olho no Jogo.
Conhecido por tentar fazer seus times jogares de maneira ofensiva, o estilo de jogo do técnico do Coritiba ganhou o apelido de “barroquismo”, que, segundo ele mesmo, é o de se impor nas partidas.
“É uma brincadeira que a torcida do Botafogo já fazia e a torcida do Coritiba pegou também. Eles chamam de barroquismo o que eu acredito ser fazer com que os jogadores tenham coragem de serem protagonistas e que façam o torcedor ter orgulho de sair de casa para ir ao estádio. Gosto de valorizar a individualidade dos jogadores. Existem formas de ganhar, perder ou empatar um jogo e o torcedor tem que olhar aquela equipe e saber que os jogadores vão sempre buscar a vitória”, explicou.
+ Confira a primeira parte da entrevista de Eduardo Barroca!
“Sempre busco referências de equipes de ponta para reforçar positivamente meus atletas”, acrescentou, reforçando que acompanha constantemente o River Plate de Marcelo Gallardo, o Flamengo de Jorge Jesus e gostava do Santos de Jorge Sampaoli.
Porém, para conseguir manter este padrão em todos os jogos, o treinador revelou que gosta de sair da sua zona de conforto e conhecer também outras formas de jogar. Tanto que conversa constantemente com Mano Menezes, ex-comandante do Cruzeiro, que tem uma linha mais defensiva de montar seus times.
“Não busco só referências de modelos de jogos parecidos com o meu. Troco informações quase semanalmente com o Mano Menezes, que é uma referência pra mim, mas que tem uma forma de pensar bem diferente da que eu tenho. É uma das pessoas mais inteligentes que eu conheço na relação com o atleta, treinamento estratégico…”, completou.
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