Em meio a muitos erros e acertos no seu primeiro ano de gestão, o presidente do Coritiba, Rogério Portugal Bacellar, projeta um ano mais animador para o Verdão em 2016. O mandatário alviverde já tem a receita. Além de manter a base com os principais jogadores que se destacaram nesta temporada, Bacellar garantiu que o elenco será fortalecido, mas com os pés no chão.
“Vamos firmar um conceito de raça, dedicação e amor à camisa que o Coritiba demonstrou nos últimos cinco jogos do Campeonato Brasileiro. Esse espírito de luta, de guerreiro, que queremos ver durante toda a temporada de 2016. Vamos fortalecer o elenco, mas com os pés no chão, sem fazer loucuras e trazendo os jogadores certos para os lugares certos”, cravou Bacellar.
Dentre as diversas contratações feitas pela cúpula alviverde, sobretudo no primeiro semestre, quando o até então vice-presidente de futebol, Ernesto Pedroso cuidava do departamento de futebol, muitas não emplacaram. O volante Misael, o meia Rodolfo, os atacantes Marcos Aurélio, Paulinho e Wallyson têm seus vínculos com o Verdão se encerrando neste ano e não deverão ter seus contratos renovados. O meia Esquerdinha, que chegou para a disputa do Brasileirão, fez um ano irregular, tem contrato até maio de 2016, mas não deverá ficar no Coxa para a próxima temporada.
O meia Lúcio Flávio, que também tinha seu contrato se encerrando neste ano, fez um ano irregular nesta segunda passagem pelo Alto da Glória e não permanecerá no clube para o ano que vem. Quem também não deve ficar é o atacante Michel. O centroavante, destaque do Campeonato Gaúcho, foi contratado em agosto, participou apenas no duelo da Copa do Brasil contra o Grêmio, não agradou e foi preterido pelos técnicos Ney Franco e Pachequinho. O zagueiro Ednei, última contratação anunciada pelo Verdão para a disputa do Campeonato Brasileiro, apenas treinou no clube, já que não participou de nenhuma partida pelo Verdão na competição.
Diante deste cenário de apostas e de contratações equivocadas no seu primeiro ano de gestão, Bacellar lembrou do sofrimento que acompanhou o Verdão na temporada de 2015, mas projeta um ano melhor em 2016.
“Queremos e precisamos cada vez mais da ajuda e da compreensão da nossa torcida. Foi um ano difícil para todos nós. Se eles (torcedores) sofreram, eu sofri mais que ele, pois além de sofrer a pressão dos próprios torcedores, eu tinha a pressão familiar para que o Coritiba fosse um time mais competitivo e chegasse em uma colocação melhor. Espero que 2016 seja melhor do que 2015 e pior do que 2017”, arrematou o presidente alviverde.
Afastados devem sair
Três jogadores que foram afastados no decorrer do Campeonato Brasileiro também devem deixar o Coritiba. O lateral-direito Norberto e os volantes Rosinei e Hélder não deverão permanecer para a próxima temporada. Norberto tem seu vínculo com o clube se encerrando no final deste ano e não terá seu contrato renovado. Os volantes Rosinei e Hélder, emprestados ao Paraná Clube na reta final da Série B, possuem contrato com o Coxa até dezembro de 2016, mas deverão ser negociados.
Robson Gomes começou no Coritiba e está de volta ao clube. |
Pratas da casa no comando
O ditado popular “o bom filho a casa torna” pode ser bem utilizado pelo Coritiba na montagem da sua comissão técnica para a temporada de 2016. Além de contar com os auxiliares Pachequinho e Márcio Goiano, que já vestiram a camisa coxa-branca e que já trabalhava,m no clube, a comissão técnica alviverde contará ainda com o técnico Gilson Kleina e com o preparador físico Robson Gomes, que iniciaram suas trajetórias no futebol dentro do próprio Verdão.
É justamente nisso que o presidente Rogério Bacellar aposta para o sucesso coxa-branca na próxima temporada. “Nós, neste ano, estamos pensando primeiramente em melhorar o nosso elenco. Procuramos para o departamento de futebol pessoas identificadas com o clube. O Gilson Kleina começou seu trabalho no Coritiba e o Robson Gomes também, e eles estão voltando ao clube. Queremos profissionais que vistam essa camisa, desde a comissão técnica e principalmente os jogadores”, apontou o presidente.
Gilson Kleina reconhece que a sua identificação com o Coxa pode ser um aspecto positivo para conseguir, em 2016, fazer um grande ano à frente do time.
“Fico feliz pelo convite do porte do Coritiba, dessa grandeza. Tive uma trajetória de dez anos e acredito que posso contribuir conhecendo muito bem a camisa do Coritiba, da sua tradição, a cultura do clube, mas também do Estado e da cidade. Sei o que representa essa camisa para a nação coxa-branca, o que representa o clube para o futebol brasileiro. O clube passou por uma transformação, é uma equipe de ponta, mas infelizmente nos últimos anos não conseguiu aquilo que precisa, que é grandes títulos. Estamos no início e vamos fazer um planejamento vencedor que, atrelado aos resultados, a gente consiga grandes conquistas”, concluiu Kleina.