O Avaí é a grande sensação do campeonato brasileiro. O time catarinense, que voltou à primeira divisão nesta temporada após 30 anos, está há 11 partidas invicto e saiu da lanterna para a 5.ª colocação.

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O Leão tem uma parceria que vem dando certo com a L.A Sports, a mesma do Paraná Clube. No elenco catarinense há muitos jogadores que passaram por aqui, mas não conseguiram se firmar. Eltinho, Marquinhos, Caio, Léo Gago, Xaves e Leonardo atuaram pelo Paraná Clube. No Coritiba, além de Marquinhos e Caio, William e Ricardinho. Pelo Atlético jogaram Pingo, Marcus Vinícius e Cristian. O técnico Silas atuou pelo Furacão e foi auxiliar técnico de Zetti na campanha paranista na Libertadores.

Qual o segredo de um time que tem uma folha salarial baixa e que não conta com jogadores de grande prestígio? É o que o presidente do clube, João Nilson Zunino, explica em entrevista exclusiva ao Paraná-Online.

Paraná-Online: A campanha do Avaí é uma das melhores da era dos pontos corridos. Como explicar isso?

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Presidente: É uma grande campanha, realmente. Ganhamos 27 dos últimos 33 pontos disputados e isto nos orgulha muito. Por isso, o futebol é tão apaixonante. A sorte obviamente acontece, mas na verdade ela ajuda quem tem competência. Mas em relação a nossa campanha, não esperávamos isso. Temos uma comissão muito boa e sabíamos que poderíamos fazer bonito, mas não era pra tanto.

Paraná-Online: O mais difícil em um campeonato como esse é conseguir essa regularidade que o Avaí vem mantendo. Até onde o Leão pode chegar?

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Presidente: A gente imagina e sonha em ir para uma Libertadores, mas o discurso dos jogadores e da comissão técnica é chegar aos 48 pontos para permanecer na Série A. Esse é um discurso de quem tem o pé no chão considerando a qualidade dos outros adversários. Assim que atingirmos essa meta vamos buscar algo mais.

Paraná-Online: A folha salarial do Avaí é de R$ 600 mil, sendo que é pouco se comparado a outras equipes. Qual o segredo?

Presidente: No futebol existe uma quantidade de jogadores surgindo a todo instante e muitos não são conhecidos. Fizemos uma parceria com a L.A Sports porque eles entendem muito de futebol. Acredito que a tranquilidade é muito importante. Não sei a fórmula do sucesso, mas sem tranquilidade não se chega a lugar algum.

Paraná-Online: Quase 30 anos no ostracismo e agora entre os melhores da elite. Qual o sentimento de todos no clube?

Presidente: Em 1979 havia sido nossa última partida na primeira divisão. Os dirigentes sofreram muito nestes últimos anos vendo nosso rival (Figueirense) passeando na Série A. A torcida está dando o troco neles agora, mas torço para o bem do futebol catarinense e que o Figueira, assim como o Criciúma, tenha dias melhores.

Paraná-Online: Qual a importância do trabalho do Silas e por que ele não foi demitido quando o Avaí era o lanterna do campeonato?

Presidente: O Silas fez um trabalho extraordinário ano passado na Série B e também no campeonato catarinense. Ele conhece futebol e trabalha muito. Quando éramos o lanterna, os números mostravam que o Avaí era o clube que mais finalizava. Analisando tudo isso, era uma questão de ajustes e começamos a ganhar. A cada derrota a gente não passava a mão na cabeça dos jogadores. Aquilo lá estava um velório, mas a diretoria procurava dar força e dizia que as coisas iriam melhorar.

Paraná-Online: O que esperar da partida contra o Coritiba no sábado? Tem favorito?

Presidente: Sempre perdemos para o Coritiba no Couto Pereira e espero que as coisas mudem neste jogo. Mesmo com meu amigo Marcos Hauer (vice-presidente do Verdão) ficando triste irem,os tentar. O Coritiba é uma grande equipe e o jogo será muito difícil.