Até 2 de outubro, Coxa estará sobrecarregado de partidas

Mal teve tempo de comemorar a vitória por 2 x 0 contra o São Paulo, o Coritiba se volta para a exaustiva sequência de jogos que fará nas próximas semanas do mês de setembro. Inchado, o calendário alviverde, que reúne partidas do Campeonato Brasileiro e da Copa Sul-Americana, prevê 10 jogos este mês – uma partida a cada três dias. Por isso, o grande desafio da equipe é manter a regularidade. A começar pelo Atlético-MG, quinta-feira, fora de casa.

O mês de setembro será o mais extenso em número de jogos para o Coritiba em 2013. Nos oito primeiros dias já foram realizadas três partidas (0 x 0 contra Internacional, derrota por 3 x 1 para o Botafogo e vitória por 2 x 0 sobre o São Paulo). Pelo excesso, o período é encarado com indignação pelo elenco alviverde. Após a partida de domingo, o meio-campo Alex não poupou críticas ao calendário. “Temos que ficar satisfeitos com os três pontos, mas não tem muito o que comemorar. Não temos tempo nem de treinar, nem de lamentar, nem de sentir vontade de jogar bola. O futebol brasileiro está tornando o caminho difícil para todos. Para quem joga, treinadores e imprensa. Não dá para jogar a cada três dias. O treinador tem que trabalhar, treinar as coisas que tem que treinar pra melhorar, mas infelizmente não temos tempo. É preciso repensar muito o que está acontecendo”, analisou.

A reclamação do capitão alviverde é pertinente, uma vez que em meio a tantos compromissos os clubes têm tido atualmente cada vez menos tempo de preparação e recuperação física entre as partidas. Dos 9 dias livres, e exclusivos para treinamentos que o Coxa terá em setembro, restam apenas 6 datas, contando com hoje. Neste sentido, o calendário reserva ainda mais 10 dias, entre escalas de viagens e concentrações, e que poderão ser utilizados em meio período para ajustes na equipe.

Sem tempo para treinar adequadamente, bem como se recuperar do excessivo número de jogos, as chances dos jogadores se lesionarem aumentam consideravelmente, à exemplo do drama vivido em agosto pelo clube, que chegou a contabilizar 11 atletas no departamento médico. Para o técnico Marquinhos Santos, que ocupa o cargo mais cobrado dentro deste cenário, o atual calendário é nocivo ao futebol brasileiro. “Sabemos que é um calendário intenso, onde já fizemos 53 jogos (no ano). É sacrificante, pois o jogador de futebol é ser humano, e você jogar 90 minutos numa intensidade que o futebol atual exige é para ser revisto. Todas as equipes têm passado por isso, o que tem ocasionado uma queda de qualidade do futebol brasileiro”, aponta.

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