Os associados do Coritiba aprovaram ontem à noite o novo estatuto do clube, que já passa a valer a partir de hoje. No documento, que tem vida útil prevista de dez anos, estão novas normas que pretendem dinamizar a administração alviverde e também evitar que aventureiros tomem as rédeas do Coxa.
Na assembleia, realizada no Couto Pereira, participaram 321 sócios dos 3,5 mil aptos. Todas as principais reformas foram aprovadas. No entanto, ficou decidido que as próximas eleições, que acontecem em dezembro, serão realizadas pelas regras antigas. Assim, quem tiver um ano de contribuição até a data do pleito poderá votar normalmente.
“O processo foi muito bonito. Ao longo desse ano inteiro, muita gente contribuiu. Construímos junto com a nação coxa-branca um projeto de estatuto moderno e que traz ao clube muitas garantias”, comemorou Omar Akel, presidente do conselho deliberativo.
Segundo ele, o Alviverde tem estado livre de políticos e empresários de futebol interesseiros, e deve continuar assim. “Não se tem usado o Coritiba como escada política e a gente se preocupa muito com isso. Por isso, a valorização do sócio que está há mais tempo. Que vote aquele que vive o clube”, aponta Akel.
A partir do novo estatuto, para se eleger diretor será preciso ter quatro anos de associação ou ter permanecido um mandato inteiro no conselhão. “O avanço que se teve com a eleição direta do quinteto (G5) que vai administrar o clube e do próprio conselho na mesma eleição é como se estivéssemos elegendo o parlamento e o executivo do clube”, compara Akel.
Como ele falou, a administração agora passa a contar com cinco integrantes, enquanto o conselhão terá 160 eleitos proporcionalmente à votação das chapas participantes.
Na assembleia, a principal mudança ocorreu por causa de um “esquecimento” dos autores do projeto, que não colocaram quando os eleitos tomam posse – isso acontecerá imediatamente após o pleito.
Ficou definido que os conselheiros não poderão ter participação em atletas, excetuando aqueles que já possuem e que poderão continuar assim até o final dessa gestão.
Já a maior divergência se deu em torno do tempo de associação para participar da eleição. Mesmo assim, o processo eleitoral do final do ano vai permitir que quem entrou no clube até o começo de dezembro do ano passado participe. A expectativa é de que pleito conte com 15 mil sócios aptos a votar.