Muita coisa a corrigir

Após derrota, Marquinhos viu que time tem muitos erros

A derrota por 2×0 para o Foz do Iguaçu na quarta-feira, no ABC, mostrou que o Coritiba ainda precisa arrumar muita coisa dentro de campo. O técnico Marquinhos Santos, após o revés, apontou uma série de problemas na atuação do time alviverde. “Hoje (quarta) nada funcionou, algumas situações foram mascaradas. Já sabíamos de muitos erros que existiam, mas na derrota ficaram mais evidentes. Precisamos evoluir”, avalia. Até o próximo duelo no dia 22, o clássico contra o Atlético, no Couto Pereira, o comandante coxa-branca terá onze dias para encaixar a equipe. Quatro pontos se destacaram.

Pouca criação

“Nós tivemos no primeiro tempo uma finalização com Norberto, e depois aos 38 minutos com Leandro. Colocamos o Mazinho para desempenhar essa função de criação no primeiro tempo, o Pedro também não estava conseguindo se aproximar dos homens de frente e no intervalo vi a necessidade da entrada do Dudu e depois do Rodolfo, assim terminamos com dois armadores e mesmo assim não conseguimos mudar a historia do jogo”.

Os jovens Dudu e Rodolfo, que não são titulares, têm participado de quase todos os jogos. O treinador pode tirar um dos atacantes e colocar um meio-campista de origem para poder ajudar na criação. Recuar Pedro Ken para a entrada de um deles também serve como alternativa. Os volantes Cáceres e Hélder, que estavam em tratamento e ainda não estrearam, aparecem como opções, por terem a facilidade de sair com a bola e realizar a transição para o ataque.

Zaga

Nos quatros jogos do Campeonato Paranaense, o Coritiba sofreu cinco gols e a zaga não passou em branco em nenhum jogo. Dos doze times na competição, o sistema defensivo alviverde é o quinto pior até aqui.

Por ter uma semana e meia de trabalho até o clássico, Marquinhos Santos deve testar o sistema com três zagueiros. Na pré-temporada, por exemplo, o técnico chegou a utilizar essa fórmula. Para repetir o que fez na Série A do ano passado, o zagueiro Wellinton pode voltar e formar o trio com Luccas Claro e Leandro Almeida. Nesse caso, a saída de uma atacante é eminente.

Vaná

“Houve o erro na saída realmente e o Vaná, com muita hombridade, assumiu isso no vestiário. Mas não dá para colocar (a derrota) na conta dele. É uma situação trabalhada. Ele optou pela saída de bola curta quando talvez a melhor opção fosse a bola longa. É um goleiro em que confiamos e sei que vai dar muitas alegrias à torcida”.

Fica claro que, nesse setor, Marquinhos sequer pensa em fazer alguma mudança. Até por sua relação com o goleiro, que vem desde os 14 anos, ainda nas categorias de base do Atlético, o treinador não quer queimar o atleta e deposita confiança para a sequência do Estadual.

Wellington Paulista

“A entrada dele serviu para brigarmos pela primeira bola. Mas temos uma semana inteira para estudar, ver e se eu entender que seja importante e necessário entrar com ele, eu o farei. Podemos tirar um homem do meio, de poder de marcação maior e colocar mais um atacante. Mas é ter calma e equilíbrio”.

O treinador já sinalizou com a possibilidade do experiente Wellington Paulista entrar como titular no clássico. Antes do jogo contra o Foz, ele disse que é possível utilizá-lo ao lado de Rafhael Lucas. No jogo de quarta, os dois atuaram juntos e o prata-da-casa atuou pelos lados, com Wellington Paulista centralizado. Como Negueba tem sido mais voluntarioso, Mazinho é quem mais tem chance de sair nesse caso. Ou a saída de ambos, e as entradas de um meia e Wellington Paulista.

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