Apesar da alegria pela conquista do tetracampeonato, ter levantado a taça do Campeonato Paranaense pela quarta vez seguida só alimentou o orgulho do Coritiba e de sua torcida, além de enriquecer a história do clube. Financeiramente, o lucro é zero. Aliás, não houve lucro por ter dispútado o Estadual. Segundo o presidente Vilson Ribeiro de Andrade, o Alviverde teve prejuízo de quase R$ 2 milhões ao longo de toda a competição.
Por isso, o dirigente defende mudanças na forma de disputa do Paranaense, para que o torneio seja mais decisivo e com menos datas. Caso contrário, prevê, o campeonato seguirá deficitário para todos os clubes participantes. “Financeiramente, o campeonato ainda é deficitário. Nós temos que pensar junto com a Federação e os outros clubes para torná-lo mais viável e com uma conotação financeira melhor, para que possamos ter um retorno do nosso investimento”, disse Vilson Ribeiro, afirmando que todas as 12 equipes que disputaram o campeonato terminaram com prejuízo.
Pagando para jogar, o Coxa, só para abrir o Couto Pereira, a fim de mandar seus 11 jogos na primeira fase, acumulou prejuízo de R$ 1 milhão. O déficit, no entanto, é alto por não contabilizar o valor pago pelos sócios, uma vez que o clube recebe por mês, e não por jogo. Para se ter ideia, os únicos borderôs que não registraram conta negativa na campanha do tetracampeonato foram os dos Atletibas do primeiro turno, quando o Coxa venceu por 2 x 1 e faturou R$ 27.594,58 naquele jogo, descontando gastos por abrir o estádio, além de outros pagamentos e o valor dos sócios, que é contabilizado por mês, e não por jogo, e o de ontem, que contabilizou como renda R$ 614.442,00. Mesmo havendo os descontos, o clube deve ter lucro com a final.
Apesar de chegar à decisão pelo quarto ano consecutivo, o retorno financeiro no Estadual é muito modesto. A cota paga pela televisão detentora dos direitos de imagem do Estadual pagou R$ 1,3 milhão. Fora isso, as outras fontes de renda foram com placas de publicidade no estádio e patrocinadores, mas que não cobrem todas as despesas do clube. Mesmo assim, o Coritiba terminou o campeonato com a melhor média de público: 10.940 pagantes por partida.
