Baixo rendimento

Antes aliado, Couto Pereira vira pesadelo para o Coritiba

O jogo frente ao Figueirense foi um duro choque de realidade para o torcedor coxa-branca. Durante toda a intertemporada, a comissão técnica vendeu a ideia de que apenas o trabalho intenso – mesclado a algumas contratações – seria suficiente para transformar o Coritiba. Não foi. O desempenho na reestreia no Brasileirão foi pífio em todos os sentidos e a derrota foi justa sob todos os aspectos. O time catarinense marcou melhor, explorou as deficiências do Coritiba e ainda marcou dois gols. Tudo isso em um jogo de “seis pontos”.

Atolado na zona do rebaixamento desde 11 de maio (na derrota para o Sport), o Coritiba completou sete rodadas entre os últimos colocados desta Série A. “É uma situação que não podemos admitir. Não me lembro de uma atuação convincente dentro de casa e isso é preocupante. Estou profundamente decepcionado com a postura da equipe”, desabafou Celso Roth logo após a 5ª derrota da equipe na competição. Nas palavras do treinador, o time vendeu uma imagem de que nada foi feito durante a intertemporada, tamanha a inoperância durante os noventa minutos, tanto na defesa quanto no ataque.

A questão ofensiva, aliás, vem tirando o sono da comissão técnica. Em seis dos dez jogos disputados, o Coritiba não conseguiu balançar as redes. “O Keirrison, vocês sabem, não consegue seguir até o final num ritmo forte. Fez um bom primeiro tempo, mas aí, surge a limitação física”, destacou Roth. “Tentamos com o Júlio César, mas é claro que o torcedor já não tem mais paciência com o jogador. Temos que estudar uma saída para esse quadro, que é preocupante”, comentou. Júlio César teve a chance do empate, chutou para fora e na jogada seguinte o Figueirense marcou o segundo gol.

Os números mostram a limitação da equipe quando o assunto é finalização. O Coritiba, com oito gols, tem um dos piores ataques deste Brasileirão. Destes, três foram de Alex. Também marcaram Robinho, Chico, Dener, Norberto e Keirrison. Além do baixo desempenho, a distribuição de gols também é péssima. Três foram marcados apenas na vitória sobre o Goiás, na Vila Capanema. O Verdão ainda marcou duas vezes no empate com o São Paulo (2×2) e na derrota para o Cruzeiro (3×2). “Não dá para aceitar um desempenho assim. Em especial nos jogos em casa. O torcedor tem toda a razão de protestar”.

Desde a chegada de Celso Roth, o Coritiba atuou cinco vezes no Alto da Glória e o aproveitamento é de apenas 20%. A única vitória ocorreu na estreia (2×0 sobre o limitado Cene, na Copa do Brasil). No Brasileirão, o Coxa coleciona empates com Santos (0x0) e Internacional (1×1) e derrotas para Sport (1×0) e Figueirense (2×0). Pela Série A, o torcedor alviverde só conseguiu vibrar com um mísero gol, marcado por Alex, de pênalti, no empate com o colorado gaúcho.

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