Iguaçuense, o atacante Anderson Aquino está em casa nessa pré-temporada de dez dia do Coritiba antes da estreia no Campeonato Paranaense. Ele promete até ajudar os companheiros nas compras em Ciudad del Este no horário de folga, junto com Edson Bastos – outro filho de Foz do Iguaçu.
Na cidade natal, Aquino tem funcionado como guia do elenco. “Conheço tudo. Morei até os 12, 13 anos e volta e meia venho para cá. Sei todos os esquemas (sobre as compras)”, revela.
O jogador se destaca também por entrar no seleto grupo dos atletas que vestiram a camisa do Trio de Ferro. De atleta do infantil no Paraná, ele rumou ao Atlético onde não foi muito aproveitado. Daí, rodou o mundo, voltou à Vila e mostrou futebol para ser contratado pelo Coxa.
Para ele, isso é um motivo de felicidade. “Foram poucos, não sei realmente quantos, mas me falaram que foram poucos. São três times grandes do futebol brasileiro e fico feliz. Estou começando uma nova história aqui no Coritiba e vou deixar para trás o que passou. Agora, é olhar para frente e fazer um bom trabalho”, analisa o avante.
Na visão dele, trocar um clube pelo outro não foi difícil. “Hoje o futebol é muito profissional. Antigamente, era mais complicado”, aponta. Mas ele não esconde a mágoa do Rubro-Negro.
“Fiquei muito chateado pelas poucas oportunidades que eu tive no Atlético. No Paraná, soube aproveitar a chance e espero ter aqui também para poder mostrar que eu tenho condições de fazer grandes jogos”, projeta.
No Alto da Glória, ele terá o apoio do técnico Marcelo Oliveira. “Ele é uma pessoa extraordinária, um treinador muito bom e espero que dê certo, como deu no Paraná, apesar dos problemas internos que atrapalharam. Aqui no Coritiba é mais organizado, clube maior e de maior estrutura. Tenho certeza que vai dar tudo certo”, diz.
Aquino sonha alto. “Temos um grupo vencedor, que mostrou isso no ano passado. Vamos em busca do bicampeonato. Depois tem a Copa do Brasil e vamos brigar em todos os campeonatos. Não dá para pensar diferente disso”, destaca o atacante.
Sobre a concorrência com Marcos Aurélio, Bill e Leonardo, ele afirma: “Vai ser boa, são grandes jogadores, já mostraram isso, mas é em campo que temos que provar para o Marcelo quem tem condição de jogar.”
Talismã
O lateral-esquerdo Triguinho, mesmo em fase de fisioterapia, está em Foz do Iguaçu para se integrar ao elenco e não ficar trabalhando sozinho em Curitiba. “Chego a me emocionar. Fizeram questão de que eu fizesse meu tratamento aqui para que todos ficassem juntos”, disse.