Um jogo como o da última quinta (10) entre Coritiba e Avaí, pela Primeira Liga, tinha apenas um objetivo – a observação dos treinadores para a sequência da temporada. Não à toa Gilson Kleina escalou um time completamente reserva, deixou todos os titulares descansando e montou o banco com apenas cinco jogadores. Não valia a pena usar a turma toda com a série decisiva do Paranaense e a estreia na Copa do Brasil por chegar.
Aí fica a questão: foi produtiva a participação dos reservas na vitória sobre o Leão da Ilha? Em parte sim. Porque é fundamental para o técnico olhar o trabalho dos atletas em ritmo de jogo, e claro que é positivo para eles saírem com um resultado positivo. Mas em parte não.
Justamente pela falta de ritmo. Jogadores como Rafael Marques, Ícaro, Vinícius e Evandro não tiveram muitas chances até agora. Então, não estão no mesmo condicionamento dos titulares. Isso explica a baixa velocidade do jogo no Couto Pereira. O goleiro Elisson há dois anos não entrava em campo!
E aí é possível dizer se A ou B servem? O treinador sabe que não. Na verdade, é mais um ponto pra análise de Gilson Kleina. Técnico usa normalmente a semana para avaliar a evolução do jogador – na parte física, na parte técnica, na parte emocional e também no comportamento. Alguns jogadores, como Amaral, Walisson Maia e Leandro, estes sim poderiam ser olhados com mais atenção, porque já foram titulares neste ano.
Então, se a gente achar que uma partida define tudo, pense em um jogador, que vestiu a camisa 98 do Coxa. Dodô é um menino de 17 anos que está sendo trabalhado e tem tremendo potencial. Podemos dizer se ele vai ou não vai por uma partida? Por isso, toda calma é necessária. O saldo da atuação foi positivo. Tanto melhor, mas nada definitivo.