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Análise: eram necessários tantos gringos no Coritiba?

Cáceres já estava aí. Depois veio Jorge Ortega. Em seguida Nery Bareiro e Cesar Benítez. Agora está pra chegar Cesar González. Quatro paraguaios e um venezuelano. Um zagueiro, um lateral-esquerdo, um volante, um meia e um atacante. Mas essa legião estrangeira veio recomendada? Avaliada? Garantida? Ou nada disso?

Dos três já chegados neste ano, apenas Jorge Ortega apareceu como titular absoluto. Estreou no clássico, foi bem e aposto que no Atletiba ele fará dupla com Kléber no ataque. Bareiro e Benítez ainda são incógnitas. Não se sabe a fundo o padrão de avaliação do departamento de futebol do Coritiba.

A sensação é que foram negócios de ocasião. Num mercado caro como o brasileiro, a opção de olhar para a América do Sul é bastante razoável. É possível trazer um jogador de boa qualidade por um preço bem menor do que um daqui. Mas há alguns poréns.

Primeiro: é possível permitir que o jogador se adapte ao país? Sim, é do lado mas é diferente – outra língua, outros costumes, outra forma de treinamento. Segundo: qual o perfil de avaliação? Pode ter sido o acompanhamento de vários jogos. Ou apenas um DVD daqueles melhores momentos. Terceiro e mais importante para um clube como o Coritiba: há potencial na base para suprir possíveis carências?

Por mais que o Coritiba queira dar experiência ao elenco, era possível apostar na turma da casa. Será que Bareiro é melhor que Bonfim? Sim, porque é difícil que seja superior a Walisson Maia e Juninho. Benítez ou Henrique? Não vamos esquecer que Cáceres hoje é quarta opção no meio (atrás de João Paulo, Alan Santos e Amaral). E González vai tirar Dudu do time?

Que os gringos venham e arrumem a casa alviverde. Que todos sejam mais Ortega que Esmerode, mais Ariel que Martinuccio. Porque de jogador pra encher prateleira, o torcedor já está cansado.

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