A aparente situação confortável do Coritiba na última semana deu lugar a muitas preocupações no Alto da Glória após a desastrosa derrota de ontem, para o Santos, por 4 a 0 na Vila Belmiro, em Santos (SP).

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A rodada só não foi pior porque o Cruzeiro empatou, no sábado, com o Atlético no último minuto e permitiu que o Alviverde se mantivesse na 14.ª colocação, mas a zona do rebaixamento se aproximou perigosamente.

Agora, o Coxa volta a sonhar com números e no que fazer para reverter a situação. Ainda só depende de si, mas o futebol apresentado não inspira nenhuma confiança.

Facilmente envolvido pelo Peixe nos 90 minutos ontem, o Coritiba voltou a mostrar que sem o pijama, sem o Couto e, principalmente, sem a torcida fracassa.

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Até aqui, nos 18 jogos como visitante, o Alviverde conseguiu apenas 20,4% dos pontos disputados e isso sem contar a partida disputada em Cascavel contra o mesmo Santos devido a uma perda de mando.

E é com esse retrospecto que o Coxa tentará se salvar diante do Cruzeiro no Mineirão, no domingo que vem. Uma vitória na capital mineira praticamente garante o time, mas uma derrota deixa a permanência na Série A para a última rodada.

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Mesmo perdendo para os mineiros, o último cartucho seria fazer valer o mando de campo contra o Fluminense ainda dependendo apenas de si mesmo, mas aí o Coritiba teria que enfrentar até o “Sobrenatural de Almeida”, que está dando um gás surpreendente ao time das Laranjeiras. Gás este que está faltando ao Alviverde.

Mesmo nas vitórias em casa contra Vitória e Atlético-MG o Coritiba fez apenas para o gasto, venceu mais na raça e empurrado pela galera. Ontem, mostrou a mesma apatia de jogos fora de casa como os contra Grêmio e Botafogo onde se deixou envolver pelo adversário.

Quem jogou mesmo foi o Peixe e Vanderlei Luxemburgo ficou o tempo todo só administrando a incrível vantagem técnica. Paulo  Henrique regeu a equipe com a ajuda de Madson e os malabarismos de Neymar. Kleber Pereira fez o de sempre: marcou um gol e perdeu um pênalti.

Quem sofreu foi Vanderlei. Após vacilar no primeiro gol, começou a fazer defesas de tudo o que era jeito e até pegou a penalidade, mas isso tudo pouco valeu porque o restante da equipe praticamente se omitiu e assistiu o adversário tocar a bola do jeito que quis até fazer os fáceis 4 a 0.