Em 1991, 2001 e 2009, o Coritiba bateu na trave. Mas em 2011 desponta como um ano histórico para o Coxa, que pela primeira vez está na final da Copa do Brasil. Em um jogo duro contra o Ceará, o Alviverde teve que se desdobrar.

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Porém, com raça e empurrado por mais de 27 mil torcedores, no Couto Pereira, ontem à noite, conseguiu vencer o Vozão por 1 x 0 e agora vai decidir o título contra o Vasco da Gama.

O gol saiu dos pés de Anderson Aquino, que de tanto insistir, mandou uma bola no ângulo do goleiro Fernando Henrique, no começo do segundo tempo. Precisando vencer, a fim de evitar que o 0 x 0 levasse a decisão para os pênaltis, o Coritiba começou com tudo para cima do Ceará.

O mistério no treinamento de terça-feira era justamente para isso: surpreender o rival. Mas, como previsto, o Vozão entrou em campo retrancado. Era mais uma prova de fogo para o Alviverde, que até então vinha tendo dificuldades contra times bem postados na defesa.

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Para piorar, o Coxa demonstrava um grande nervosismo, errava passes demais e tentava nos arremates de fora da área. O melhor deles, uma cobrança de falta de Anderson Aquino, Fernando Henrique espalmou.

O revés quase veio dos pés de Lucas Mendes. Ele espanou uma bola na área e quase meteu contra. Era o ritmo do jogo: tenso, com a bola nos pés do Coxa, mas sem chegar com consistência na meta de FH.

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A torcida se animou e gritou forte para tentar contagiar a equipe em campo, mas as emoções ficaram mesmo para a etapa final. Foi quando o “profeta” Anderson Aquino fez história.

“O Coritiba vai ganhar”, previu o atacante no intervalo. O descanso fez bem ao time, que voltou com tudo para os 45 minutos decisivos. A pressão foi forte e o gol veio. Uma pintura.

Rafinha apanhou a bola no meio-campo, avançou em ritmo acelerado e serviu a Aquino, que entrou na área, ajeitou e mandou no ângulo, aos 4 minutos da etapa final. A galera delirou e ajudou o time a segurar a pressão do Ceará.

Nos contra-ataques, o segundo gol quase veio, principalmente com Rafinha, que, em noite de gala, quase deixou sua marca. Outro lance agudo foi proporcionado por Léo Gago, mas o placar manteve-se no 1 x 0 – suficiente para o Coxa, enfim, estar na final da Copa do Brasil.