Alviverde poderá ter estatuto mais rígido

O Coritiba tem eleições no final do ano e se o novo estatuto for aprovado nenhum aventureiro poderá assumir o clube a partir do próximo ano. Isso por que, além das conhecidas mudanças já apresentadas pela comissão responsável por reformar a “constituição alviverde”, como mandato de três anos, eleição direta para presidente, proporcionalidade de cadeiras no legislativo e G5 no lugar de G9, haverá mais controle na inscrição de chapas e mais cobranças quando os vencedores assumirem.

A votação do estatuto será no dia 28 de fevereiro, por cerca de 3 mil sócios habilitados, confirmou ontem o presidente do conselhão, Omar Akel. “Temos alguns instrumentos de controle. O candidato ao conselho administrativo tem que ter participado da vida administrativa do clube como conselheiro e ter uma certa vivência no clube para não cair de paraquedas. Ele tem que registrar, perante o conselho deliberativo e na inscrição da chapa, a proposta de trabalho, que passará a ser controlada ao longo dos três anos. Não será apenas o conselho deliberativo que irá fiscalizar, mas o conselho fiscal e também o próprio associado, que votou e participou do processo”, avisa.

De acordo com Akel, com o conselho administrativo menor, cada membro terá mais responsabilidade e o sócio saberá a quem cobrar. “Eles terão que se explicar para o associado, mostrar a cara antes da eleição. Sai aquela sensação que todos nós tínhamos, de que o conselho se reunia a portas fechadas e defina os candidatos, sem que o associado soubesse quem era o cidadão que iria assumir”, destaca o conselheiro.

Para ele, todas as medidas estão sendo tomadas para deixar o clube mais democrático. “O que se percebeu, de todas as reclamações do torcedor e do associado, era que eles tinham a impressão de que o clube era gerido e administrado por forças estranhas. Para tirar essa imagem, o único caminho é democratizar mesmo e exercer a democracia na forma de conduzir o clube, mas deixar isso expresso nas medidas legais. Por isso, o novo estatuto contém a eleição direta, a proporcionalidade no conselho deliberativo, de acordo com as chapas, e uniformização dos mandatos”, finaliza Akel.

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