Com a cabeça na Ponte Preta, pelas quartas-de-final da Copa do Brasil na terça-feira, o Coritiba resolveu poupar jogadores, mas não jogou nada e caiu de quatro para o Santo André ontem no Couto Pereira.
O Ramalhão, que não tinha nada a ver com isso, aproveitou a desorganização alviverde e sapecou 4 a 2 diante de uma torcida incrédula. Com o resultado, o Coxa caiu para a lanterna do Brasileirão sem somar nenhum pontinho, enquanto a equipe do ABC assumiu provisoriamente a ponta da tabela. Depois da Macaca, o time do Alto da Glória vai a Florianópolis enfrentar o Avaí no domingo que vem.
A intenção do Coritiba era poupar alguns titulares para encarar a Ponte Preta na terça-feira, mas o tiro saiu pela culatra. Mesmo saindo na frente, o desentrosamento de quem começou a partida pesou demais, a desorganização ficou evidente somada à falta de ritmo de alguns jogadores.
Nem quem sobrou do time que vinha jogando funcionou a contento e a galera pegou no pé do time. Merecidamente, por sinal. Isso porque a expectativa era de um resultado bem diferente. Principalmente após Renatinho ter aberto o marcador após um bom cruzamento de Rodrigo Heffner, logo no começo do jogo.
Está certo que o meia contou com a sorte e encobriu Neneca, mas o placar favorável deveria acalmar o time alviverde. Não foi isso o que aconteceu e as falhas foram fatais. Não demorou muito para Nunes cruzar e Pablo Escobar cabecear no canto.
Ele estava livre e a zaga não se entendeu. O segundo também foi na sorte. Pablo arriscou de fora da área e Antônio Flávio apareceu e meteu a cabeça. Edson Bastos ficou vendido e viu a casa cair. Mas o arqueiro também contribuiu para a derrocada.
Ao invés de dar um bico para frente, tentou uma jogada de efeito e presenteou Gustavo Nery. Ele serviu Marcelinho Carioca, que mandou no canto. Poderia ter sido mais. Marcos Aurélio foi até a defesa e derrubou Nery dentro da área, mas Antônio Hora Filho não viu ou não quis ver. O árbitro que já tinha marcado um impedimento absurdo contra o Coxa ainda deu uma força ao expulsar o ingênuo Juninho Caiçara, que fez faltas seguidas e foi para o chuveiro.
Com um jogador a mais e com reservas de luxo, René resolveu mexer na equipe logo no início da segunda etapa, mas o panorama pouco mudou. Mesmo com Marcelinho Paraíba, Ariel Naheulpán e Leandro Donizete. Apesar da maior posse de bola, o time pecou demais nas finalizações e ainda viu Bruno César fazer o quarto gol num contra-ataque em que a zaga estava totalmente desarmada. Ainda deu tempo de Nunes fazer mais um, mas quem fez mesmo e a torcida pouco comemorou foi Marcelinho Paraíba, após rebote de Neneca. A torcida não gostou nem um pouco e vaiou o time.