De sombra de Wilson a titular absoluto. Quando chegou ao Coritiba, em março deste ano, Alex Muralha era uma aposta emergencial para suprir a ausência do ídolo, que passaria por uma cirurgia na mão e precisaria se ausentar por algumas semanas. Ele chegou sob a desconfiança da torcida, já que havia sido contestado no todo-poderoso Flamengo, mas caiu no gosto da galera. Depois de uma breve prova de fogo no Estadual, ele teve uma nova chance na arrancada do Coxa na Segundona e se firmou de vez.
A estreia de Muralha com a camisa alviverde foi no dia 10 de março, no início da segunda fase do Campeonato Paranaense. Durante a segunda metade do Estadual, o arqueiro tentou dar o seu melhor e chegou a fazer algumas defesas importantes, como na partida diante do Paraná Clube, no dia 31 de março, quando evitou que a bola entrasse ‘na gaveta’ e garantiu a presença do Verdão na semifinal. Porém, mesmo depois de mostrar regularidade em sete jogos na meta, a presença do jogador tinha prazo de validade. Assim que o Paranaense terminou, Wilson voltou à ativa e Alex retornou ao banco de reservas.
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Porém, uma segunda oportunidade surgiu e o goleiro que veste a camisa 23 soube ‘agarrar’ a chance. Wilson novamente se lesionou e Muralha assumiu a posição debaixo das traves no jogo diante do São Bento, no dia 16 de julho, na décima rodada. Quem começou como titular, na ocasião, foi o ídolo coxa-branca, que defendeu a meta nos primeiros 45 minutos, porém, ao sentir a coxa, deixou o gramado no intervalo para não voltar mais. Desde então, o dono do gol foi Alex Muralha.
O camisa 23 assumiu a meta em um momento especial, já que aquele foi o início da arrancada do Coritiba na Série B. Depois da vitória por 2×1 em cima do São Bento, o Alviverde emendou, com Muralha, dez jogos de invencibilidade, arrancou na tabela e se fixou na vice-liderança. Nesse meio tempo entre a série sem derrotas, Wilson já estava apto a voltar, porém o técnico Umberto Louzer, avaliando a fase de Muralha como sendo muito positiva, seguiu com a máxima do futebol ‘em time que está ganhando não se mexe’. Agora, já são 11 jogos com o novo arqueiro na Segundona.
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Sem espaço, Wilson acabou aceitando a proposta do Atlético-MG e deixou o Coritiba no início desta semana, fixando de vez Muralha na missão de conduzir a equipe ao acesso. Em entrevista coletiva na última terça-feira (03), o presidente Samir Namur afirmou a importância de Wilson no elenco, mesmo entre os reservas.
“Nossa convicção foi firme de que não queríamos que ele saísse, mesmo estando no banco e sendo um dos maiores salários, ele era muito importante”, disse o mandatário, que também explicou que o time terá uma economia na casa de R$1 milhão com o empréstimo de Wilson, já que o Galo arcará com as despesas do jogador.
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Alex, oficialmente, herdou o gol coxa-branca e terá até o fim do ano para conquistar algo que veio buscar no Alto da Glória quando chegou ao Coritiba: a retomada de seu prestígio como Muralha.