A contratação do goleiro Alex Muralha, 29 anos, é uma aposta do Coritiba para ser a sombra e substituto emergencial do ídolo Wilson. A vinda do arqueiro também é uma tentativa de recomeço na carreira do atleta, contestado e em baixa após chegar ao auge de ser convocado para a seleção, há três anos.
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Reforço anunciado durante o Carnaval, o jogador chega para suprir o período fora do titular Wilson, que passou por uma cirurgia na mão esquerda e desfalcará o time de seis a oito semanas. O clube, inclusive, tem evitado chamá-lo pelo apelido e o vem tratando como “Alex” apenas, em uma tentativa de desvinculá-lo ao passado recente. Ele será apresentado oficialmente na tarde desta quarta-feira (6), no Couto Pereira.
Cria das categorias de base do Paraná Clube, o arqueiro se profissionalizou no Prudentópolis e rodou por times do interior paulista, como Votoraty, Comercial, Oeste e Mirassol. Ainda teve uma passagem pelo futebol japonês (Shonan Bellmare) antes de chegar ao Figueirense, há cinco anos.
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Foi no time catarinense, um ano depois, em 2015, que ele começou a se destacar por suas atuações na Série A e fez o Flamengo desembolsar R$ 2 milhões por sua contratação ao término no Brasileirão. Não demorou a desbancar o colega Paulo Victor e garantir a vaga de goleiro titular.
Já em sua primeira temporada, no dia 16 de setembro de 2016, motivado por grandes defesas e a disputa pelo título com o Palmeiras, recebeu a convocação do técnico Tite para a seleção brasileira, ao lado de Weverton e Alisson, então no Athletico e Roma, da Itália, respectivamente.
Muralha esteve presente contra Bolívia, Venezuela, Argentina e Peru nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018, na Rússia, além do amistoso contra a Colômbia, no Nilton Santos, em homenagem às vítimas do acidente da Chapecoense. Apesar de presente, ele nunca entrou em campo com a amarelinha.
Queda drástica
De lá pra cá, o goleiro nunca mais foi o mesmo e a insegurança tomou conta. A avaliação do preparador de goleiros do Brasil, Taffarel, era de que seus treinos no dia a dia não agradavam e eram abaixo do nível que a seleção exigia. Na sequência, ele foi preterido por Diego Alves (então no Valência, da Espanha) e Ederson (que defendia o Benfica, de Portugal), enquanto Weverton continuou. No Mundial, foram Alisson (Liverpool, da Inglaterra), Ederson (Manchester City, da Inglaterra) e Cássio (Corinthians).
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No Flamengo, a irregularidade aumentou e suas fracas atuações passaram a ser mais frequentes do que as boas. Falhas bobas, erros em bolas com os pés e críticas em jogos decisivos, além de protestos em massa dos torcedores, minaram sua vida no time carioca, que o emprestou para o Albirex Niigata, do Japão, no ano passado.
Em seu retorno, ele até tinha a expectativa de ser aproveitado, mas foi avisado que novamente teria que jogar a temporada em outro clube. O Coxa já tinha tentando sua contratação quando Wilson negociava com a Chapecoense e as tratativas acabaram após o goleiro alviverde não seguir para o time catarinense.
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Agora, com a indisponibilidade do titular, Muralha vem com a responsabilidade de ser mais um nome exclusivo do executivo de futebol, Rodrigo Pastana, que dias antes trouxe o desconhecido Umberto Louzer como novo técnico. A repercussão, como esperado, não tem sido das mais otimistas e ele precisará provar em campo a sua qualidade.
O Coritiba estreia na Taça Dirceu Krüger contra o Cianorte no domingo (10), às 16h, no estádio Albino Turbay.
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