Menino de Ouro

Alex comandou o Coritiba na conquista do título

Enfim, campeão. O início de temporada do meio-campo Alex, desde que retornou ao futebol brasileiro, não poderia ser melhor. Possivelmente, nem o próprio jogador, nos quase 17 anos em que esteve brilhando pelos gramados mundo afora, sonhou com o atual momento vivido no regresso ao Coritiba. Além de retornar para o clube que o projetou para o futebol, cujo amor sempre fez questão de exaltar, Alex realizou o feito que faltava em seu diferenciado currículo: levantar uma taça pelo Alviverde.

Mais do que isso. O meio-campo foi o maestro da equipe ao longo de todo o campeonato. Aos 35 anos, com um repertório de jogadas que beiram a genialidade, Alex destacou-se por ser o mais regular da equipe durante a campanha. Dezessete das 24 partidas foram abrilhantadas com a presença do meio-campo, que, retribuindo todo o carinho do torcedor Coxa, balançou as redes por 13 vezes, concluindo o Estadual como o principal artilheiro da competição. “Em 1997, eu saí e não fiz promessa para ninguém, mas sim para mim, pois sempre pensei em voltar um dia e vestir esta camisa novamente. Sempre sonhei com a minha volta, mas sou muito pequeno perto do Coritiba e da torcida. Os títulos que eu vi do Coritiba foram da arquibancada ou de longe, e agora é diferente: sou um torcedor dentro do campo e tendo a oportunidade de conquistar jogando”, revelou.

Alex cumpre todos os requisitos necessários para ser considerado ídolo do clube. Além do futebol acima da média, o meio-campo é dono de uma conduta irretocável no extracampo. Mesmo cultuado pelos torcedores, o rótulo de astro sempre foi rejeitado pelo jogador, que costumeiramente justificava que não havia conquistado títulos pelo clube do Alto da Glória. Agora campeão, a idolatria se torna perene. Porém, com a humildade dos grandes do futebol, Alex querende ser um mortal perante os alviverdes. “Não vai mudar nada para mim. Acredito que idolatria é uma coisa que o torcedor escolhe, e é algo com que eu nunca me preocupei. Existem vários ídolos de alguns clubes, que por alguma infelicidade ou momento do clube, não conseguiram títulos. Conheço torcedores que gostam do Pachequinho, outros que não gostam. Tem gente que considera o (Dirceu) Krüger o melhor jogador da história do clube, e outros não. Isso é uma escolha pessoal”, justificou.

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