Entra técnico, sai técnico e o atacante Alecsandro ainda não encontrou, no Coritiba, seu melhor futebol. O centroavante, que tinha a confiança do técnico Eduardo Baptista desde a chegada do comandante, na metade de abril, ainda não correspondeu as expectativas e está perdendo cada vez mais espaço no time coxa-branca. O camisa 9 até entrou no decorrer do empate em 2×2 diante do CSA, em Maceió, na última sexta-feira, mas novamente não foi bem e comprometeu o resultado na capital alagoana.
Alecsandro substituiu o meia-atacante Alisson Farias no segundo tempo. A intenção do técnico Eduardo Baptista era de ter um jogador que segurasse mais a bola no ataque, já que o Coritiba vencia o duelo por 2×0. Não foi o que aconteceu. O camisa 9 participou pouco do jogo e quando fez, acabou errando demais.
No lance do primeiro gol do CSA, aos 37 minutos do segundo tempo, Alecsandro, ao invés de tocar a bola no contra-ataque, tentou o drible no meio de campo e, na sequência da jogada, o volante Vitor Carvalho acabou cometendo a penalidade no meia Niltinho, do time alagoano. O técnico Eduardo Baptista comentou a atuação do centroavante e lamentou que a sua substituição não tenha dado certo.
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“Durante o primeiro tempo os dois zagueiros do CSA não estavam competindo a primeira bola. A gente visualizou que o Alecsandro, pela sua experiência, fosse segurar a bola, brigar mais, tentar reter, pois a gente sabia que ia sofrer uma pressão e precisava segurar essa bola. O Pablo (Thomaz) tem uma característica diferente e o Bruno (Moraes) também. O Alecsandro tem essa caracterítstica de segurar a bola, uma experiência maior. O CSA é um time muito ‘canchado‘, com jogadores bastante rodados. Infelizmente, a coisa não andou como a gente queria”, explicou o treinador.
Essa confiança depositada do técnico Eduardo Baptista no atacante Alecsandro é explicada pelo tempo que os dois trabalharam juntos no Palmeiras. Foram apenas cinco meses, mas que serviram para o atual comandante coxa-branca perceber a qualidade do centroavante. No entanto, no Verdão, o camisa 9 ainda não convenceu. Além dos números ruins, o jogador também não consegue jogar bem. Isso desde o ano passado, quando o clube foi rebaixado à segunda divisão. Na reapresentação do elenco em janeiro, o atleta chorou ao lembrar da tristeza do seu filho com a queda à segundona.
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Neste ano, por exemplo, quando o Coritiba apostou, em um primeiro momento, nos jogadores das categorias de base, especialmente para a disputa do Campeonato Paranaense, Alecsandro ganhou mais oportunidades. Fez, até agora, 17 partidas, sendo 12 como titular. O camisa 9, no entanto, marcou apenas dois gols. No duelo contra o União, em Francisco Beltrão, e contra o Rio Branco, na final do primeiro turno do Estadual, no Couto Pereira.
Depois disso, Alecsandro não conseguiu mais jogar bem. Quando Eduardo Baptista chegou, em abril, revelou que teve uma conversa com o camisa 9 e, na oportunidade, avisou o jogador que só o utilizaria quando recuperasse sua forma física. Depois de algum tempo sem ser relacionado, o atacante alviverde reapareceu no banco de reservas nos últimos jogos, teve a chance contra o CSA, mas agora não deve ter uma nova oportunidade tão cedo. Principalmente, com a chegada de Jonatas Belusso, que chega por empréstimo do Vitória e fica até o fim da Série B.